O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não tem a intenção de abandonar a ideia de indicar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, no comando da Vale (VALE3), segundo auxiliares do presidente. A informação foi divulgada pela coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Vale destacar que o nome de Mantega é fortemente rejeitado pelo mercado e também pelos principais acionistas da Vale.
Consequentemente, o ex-ministro, que havia ocupado cargos nos governos de Lula e Dilma, deixou a equipe de transição do terceiro mandato do governo do petista no fim do ano passado, o que, na época, trouxe grande alívio aos mercados.
“Como os principais acionistas [da Vale] não querem ouvir falar na possibilidade de ter o ex-ministro como presidente da mineradora, a conclusão é que a encrenca vai subir de patamar”, diz o jornal.
Rumores sobre Mantega
Em suma, os rumores de que Mantega poderia assumir o cargo de presidente da Vale, que também poderia integrar outras posições políticas, já haviam abalado as ações da mineradora em julho, derrubando-as quase 6% em três dias.
Nesse contexto, embora a Vale seja uma empresa privada, o governo detém certa influência no comando da empresa através da Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, que é dono de cerca de 10% do capital e tem dois membros indicados no conselho de administração.
Além das especulações sobre possíveis influências políticas, as ações da Vale têm enfrentado uma série de desafios neste ano, apesar da notícia positiva da aguardada venda de sua divisão de metais básicos. A fragilidade evidenciada na economia chinesa tem impactado negativamente os preços do minério de ferro.
Dessa forma, as ações da Vale (VALE3) acumularam uma queda de aproximadamente 27% ao longo deste ano, o que complica a possibilidade de novos ganhos no Ibovespa. Isso se deve à relevante participação dessas ações na carteira teórica do índice.