A BRF (BRFS3) formalizou a criação de uma joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), uma subsidiária do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, com o objetivo de desenvolver a indústria de carnes halal na região. A participação da BRF na nova empresa será de 70%, enquanto a HPDC terá 30% de participação.
A parceria tem como foco atender às exigências alimentares muçulmanas e busca impulsionar a indústria de carnes halal na Arábia Saudita. A formalização da JV ocorre após a SALIC, subsidiária da PIF, adquirir uma participação de 10,7% na BRF como parte do objetivo de garantir a segurança alimentar do reino.
“O anúncio da JV ressalta o esforço da BRF para passar de uma função puramente exportadora para um fornecedor local de produtos de carne no país”, aponta a empresa.
A Arábia Saudita importou uma média anual de 564.476 toneladas de produtos brasileiros de frango na última década, mas comprou menos no ano passado, ocupando o quarto lugar entre os principais destinos de frango do Brasil.
Como parte da joint venture, a BRF estabelecerá uma “Sede de Negócios Halal, um Centro de Inovação em Alimentos Halal e um Centro de Excelência”, que serão instalados em um local ainda a ser determinado. Não foram detalhados os investimentos previstos para o empreendimento.
BRF (BRFS3) levanta R$ 5,4 bi em follow-on e vê alívio na alavancagem
A BRF (BRFS3) comunicou ao mercado, que até agora, já movimentou R$ 5,4 bilhões no principal follow-on realizado no país em 2023. Na última quinta-feira (13), a companhia destacou que a demanda pela oferta foi 20% maior que a prevista e emitiu 600 milhões de ações a R$ 9 por papel, valor 5,7% menor que o do fechamento (R$ 9,54) nas negociações da B3.
Nesse sentido, os recursos da operação trarão alívio à estrutura de capital da BRF, frente à recorrente preocupação no mercado. Sendo assim, com o follow-on, a companhia estima recuo de 1,3 vez em sua alavancagem. No fim do primeiro trimestre do ano, o índice estava em 3,35 vezes.
“O follow-on demonstrou a confiança do mercado e trouxe um investidor estratégico ao negócio”, afirmou Miguel Gularte, CEO da BRF, ao em entrevista ao InfoMoney.