A Vale (VALE3) fechou um acordo junto à Justiça com o município de Barão de Cocais (MG), nesta sexta-feira (18), no valor estimado de R$ 527.531.926,14. A mineradora irá compensar e reparar integralmente os danos causados pela elevação dos níveis de emergência da barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco.
O valor corresponde à soma das obrigações definidas e os valores indicados pela Vale como despesas já realizadas para a execução das ações de reparação, de compensação, de antecipação da indenização dos danos coletivos e difusos e dos pagamentos emergenciais efetuados, estimados em R$ 44.531.926,14.
O aval para um acerto entre as partes foi dado mais cedo pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e o Ministério Público Federal (MPF).
O acordo inclui a proteção, mitigação, reparação e compensação dos danos ao meio ambiente cultural material, imaterial e turístico, e conta com a interveniência da Arquidiocese de Mariana, uma vez que uma das obrigações assumidas pela mineradora é a restauração da Igreja Mãe Augusta do Socorro, bem como de seu acervo móvel.
Para o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, o acordo demonstra mais uma vez que o “caminho mais correto” para atuação do Ministério Público “é o caminho da conciliação, do diálogo, da construção de soluções”.
“As ações civis e penais são necessárias muitas vezes, mas as portas devem estar abertas ao diálogo. Neste caso, com a matéria já judicializada, conseguimos construir uma solução que atendesse aos interesses da comunidade de Barão de Cocais. Quero, sobretudo parabenizar a condução da desembargadora Ana Paula Nannetti Caixeta, que conseguiu que as partes conversassem e achassem o melhor caminho para resguardar os interesses dos mineiros”, afirmou.
Vale (VALE3): Lula insistirá em eleger Mantega na presidência da mineradora
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não tem a intenção de abandonar a ideia de indicar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, no comando da Vale (VALE3), segundo auxiliares do presidente. A informação foi divulgada pela coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Vale destacar que o nome de Mantega é fortemente rejeitado pelo mercado e também pelos principais acionistas da Vale.
Consequentemente, o ex-ministro, que havia ocupado cargos nos governos de Lula e Dilma, deixou a equipe de transição do terceiro mandato do governo do petista no fim do ano passado, o que, na época, trouxe grande alívio aos mercados.
“Como os principais acionistas [da Vale] não querem ouvir falar na possibilidade de ter o ex-ministro como presidente da mineradora, a conclusão é que a encrenca vai subir de patamar”, diz o jornal.