O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (22), em discurso durante Fórum Empresarial do Brics na África do Sul, que o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado no início do mês pelo governo, pode interessar investidores dos países do bloco.
“Apresentei há duas semanas o PAC. Trata-se de um programa amplo com muitas oportunidades que podem interessar aos investidores dos países dos Brics”, disse Lula.
Além disso, o petista também afirmou que o dinamismo da economia global está atualmente no sul do planeta, e que os Brics são sua força motriz. O grupo é atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Anteriormente, durante a cerimônia de anúncio do PAC III, ocorrida no início de agosto, Lula já havia dito que ele e seus ministros deveriam “viajar o mundo” com o objetivo de atrair investimentos para o financiamento de todos os projetos incluídos no programa.
O Novo PAC terá investimentos de R$ 1,7 trilhão, considerando recursos da União, de estatais e do setor privado, com previsão de aplicação de mais de R$ 1,3 trilhão até 2026.
Novo PAC: apresentação irá começar por SP, diz ministro
A sequência de lançamentos do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nos Estados deverá começar por São Paulo, segundo informações do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O petista disse na última segunda-feira (21) que, nos dias 23 e 24 deste mês, detalhará o programa na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Além disso, Costa também revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá participar dos lançamentos do novo PAC no Piauí e no Rio Grande do Norte.
Brics: adesão de novos países e integração econômica estão na agenda
A definição sobre os critérios para uma eventual ampliação do Brics e a criação de uma unidade de valor comum no comércio entre os países do bloco estão na pauta da 15ª Cúpula do Brics, que começa nesta terça-feira (22), em Joanesburgo, África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de 20 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, como Irã, Arábia Saudita e Argentina.
A inclusão de novos países no Brics – grupo atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – pode não ser interessante para o Brasil. A avaliação é do coordenador do Grupo de Estudos sobre o Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Borba Casella. As informações são da “Agência Brasil”.