O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (24) que os países do Brics continuarão fazendo uma seleção criteriosa ao determinar quais novos países serão convidados para se juntarem ao bloco.
Em entrevista coletiva em Johanesburgo, Lula também disse que acredita que a economia mundial e a geopolítica estão mudando e que os países do “sul global” precisam se organizar.
Na manhã desta quinta-feira, o Brics anunciou que convidou Argentina, Arábia Saudita, Etiópia, Egito, Emirados Árabes e Irã para se unirem ao grupo. Segundo Lula, a ampliação do bloco econômico foi um “avanço extraordinário”.
BRICS: seis novos países entrarão para o bloco em janeiro de 2024
Em uma declaração conjunta na manhã desta quinta-feira (24), os líderes do BRICS – o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; o presidente da China, Xi Jinping; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; e o presidente da Rússia, Vladimir Putin (de forma virtual) – anunciaram a entrada de seis novos países ao grupo.
A partir de janeiro de 2024, Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos passarão a fazer parte do bloco de nações emergentes. É a primeira expansão desde 2011, quando ocorreu a entrada da África do Sul. Com isso, o BRICS terá cerca de 46% da população mundial e quase 36% do PIB global em paridade de compra. A adesão foi oficializada na Declaração de Joanesburgo , documento acordado entre todos os atuais integrantes do BRICS.
“Neste mundo em transição, o BRICS nos oferece uma fonte de soluções criativas para os desafios que enfrentamos. A relevância do BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento. Entre os vários resultados da cúpula de hoje, ressalto a ampliação do BRICS, com a inclusão de novos membros”, disse o presidente Lula em seu discurso.
Além disso, os atuais países-membros também anunciaram a definição de critérios para a futura entrada de novas nações no bloco. Foi anunciado que os bancos centrais e ministérios da Fazenda e Economia de cada país ficarão responsáveis por realizar estudos em busca da adoção de uma moeda de referência do BRICS para o comércio internacional.