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123 Milhas pede recuperação judicial

O requerimento da 123 Milhas foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte

A agência de viagens 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira (29). O requerimento foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. As informações são do portal “G1”.

De acordo com advogados da companhia, o requerimento foi protocolado por conta de fatores “internos e externos”, que “impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”.

A 123 Milhas também reiterou que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”.

123 Milhas havia suspendido pacotes promocionais

Em 18 de agosto, a 123 Milhas havia suspendido os pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional, afetando viagens já contratadas da linha “Promo”, com embarques previstos de setembro a dezembro de 2023.

No pedido de recuperação judicial, a empresa alegou que os resultados do pacote “Promo” acabaram não sendo atingidos, pois ela esperava que os clientes adquirissem outros produtos atrelados à viagem, algo que não ocorreu.

“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”, afirmou o pedido de RJ.

A 123 Milhas ainda disse que a crise da empresa foi agravada pelo “inesperado aumento e persistência dos altos dos preços das passagens no período pós-pandemia”.

No pedido, a empresa argumentou que acreditava em uma redução do preço das passagens aéreas antes de lançar seu programa promocional, devido à expectativa de grande aumento na oferta de voos pelas companhias aéreas após a pandemia.

“Isso, contudo, infelizmente não se concretizou, havendo, na verdade, um aumento significativo da demanda (muito maior do que a oferta) por voos nacionais e internacionais, o que, aliado ao aumento do preço do combustível de aviação, ocasionado pela queda do real em relação ao dólar e a alta da inflação, fez com que o preço das passagens e pacotes se elevassem, fazendo com que a 123 Milhas não conseguisse adquirir tais produtos nos termos contratados com seus clientes”, explicou o pedido.