A Petrobras (PETR3;PETR4) está estudando meios possíveis para recomprar a Refinaria de Mataripe (ex-Rlam), na Bahia. Segundo informações da “Reuters”, um acordo com o grupo Mubadala anunciado nesta segunda-feira (4) sobre negócios em biorrefino pode aproximar ambas as partes para futuras transações.
Apesar disso, fontes disseram à “Reuters” que os futuros movimentos para recomprar o ativo do Mubadala, vendido ao fim de 2021, dependerá dos avanços em negociações da Petrobras junto ao Cade, com quem a estatal havia se comprometido a vender todas as suas refinarias fora dos Estados do Rio e São Paul.
Nesta segunda-feira, a petroleira informou que assinou um memorando de entendimentos com o Mubadala para desenvolver futuros negócios em “downstream”, com foco inicial na área de biocombustíveis.
“Esse acordo não tem nada a ver com (negociações para recomprar) a Rlam, mas pode ser um caminho. Qualquer coisa que faz aproximação é (um caminho)”, disse uma fonte à “Reuters”.
Segundo essa fonte, a nova gestão da Petrobras, que tomou posse com a eleição do governo Lula, estuda a recompra da refinaria da Bahia “desde o primeiro dia”.
Citi: Petrobras (PETR4) deve pagar mais de R$ 100 bi em dividendos
A Petrobras (PETR3;PETR4) deve pagar mais de R$ 100 bilhões em dividendos em 2023 e outros R$ 84 bilhões em 2024 aos acionistas, de acordo com projeções divulgadas nesta segunda-feira (4) pelo banco Citi.
A instituição financeira levou em consideração estimativas de receitas do governo federal com dividendos por sua participação na companhia. Segundo o Citi, a petrolífera responde, desde 2020, por cerca de 58% dos dividendos recebidos pelo governo em empresas estatais.
Segundo as estimativas de receita previstas na LOA (Lei Orçamentária Anual), os dividendos totais da Petrobras em 2023 devem alcançar R$ 109 bilhões, diz o Citi.
“Acreditamos que a companhia manterá o foco na atual política de dividendos e pode haver dividendos extras”, afirmou o banco.
Segundo os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie, no entanto, o pagamento de dividendos extraordinários dependerá da posição de caixa da Petrobras no início do ano que vem, diante de um aumento do risco fiscal envolvendo a companhia.