O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo contra a desigualdade durante o segundo painel do G20, voltado para a família, segundo o lema adotado pela presidência indiana da cúpula (“Um planeta, uma família, um futuro”).
“Apesar de todos os esforços, nossa família está cada vez mais desunida. O que nos divide tem nome: é a desigualdade, e ela não para de crescer”, afirmou.
No balanço de Lula, a desigualdade se estende à educação, com 84 milhões de crianças fora da escola até 2030, à questão de gênero e à fome, que ainda afeta “mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo”.
“O mundo desaprendeu a se indignar e normalizou o inaceitável”, pontuou Lula no G20, que ainda fez um apelo contra a discriminação das mulheres, das minorias raciais, LGBTQI+ e pessoas com deficiência.
Lula cobra recursos de países ricos contra mudanças climáticas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou no último sábado (9) que os países mais ricos, que contribuíram “historicamente” mais para o aquecimento global, devem arcar com os maiores custos para combater o problema.
A fala de Lula foi feita durante a abertura da Cúpula do G20. A reunião fez parte da sessão intitulada “Um planeta Terra” no evento que é realizado em Nova Déli, na Índia.
Lula exemplificou que as mudanças climáticas, neste momento, afetam o estado do Rio Grande do Sul, com a passagem de um ciclone que deixou desabrigados e mortos. Além disso, o petista pontuou as consequências para grupos vulnerabilizados.
“São os mais pobres, mulheres, indígenas, idosos, crianças, jovens e migrantes, os mais impactados”, disse.
Para Lula, a falta de compromisso dos mais ricos gerou uma dívida “acumulada ao longo de dois séculos”. “Desde a COP de Copenhague, [em 2009], os países ricos deveriam prover 100 bilhões de dólares por ano em financiamento climático novo e adicional aos países em desenvolvimento. Essa promessa nunca foi cumprida”, cobrou.