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G20: Rússia diz que declaração de líderes é “equilibrada”

Segundo a Rússia, os países do G20 agiram no interesse da resolução do conflito

A Rússia elogiou a declaração de líderes da cúpula do G20, que não chegou a criticar diretamente Moscou pela guerra na Ucrânia, e afirmou que os países do bloco agiram no interesse da resolução do conflito.

No sábado (9), o grupo adotou uma declaração em Nova Délhi, na Índia, que evitou condenar a Rússia pelo conflito, mas apelou a todos os Estados para não usarem a força para tomar território.

“Houve negociações muito difíceis sobre a questão da Ucrânia; em primeiro lugar, a posição coletiva dos países e parceiros do Brics funcionou, tudo se refletiu de forma equilibrada”, afirmou Svetlana Lukash, negociadora do governo da Rússia no G20, segundo a agência de notícias russa ‘Interfax”.

G20: líderes aprovam comunicado que condena Guerra na Ucrânia

Os líderes do G20 concordaram no sábado (9) em divulgar uma declaração conjunta após resolver as diferenças finais sobre as referências à invasão da Ucrânia pela Rússia e aos planos dos EUA de sediar a cúpula em 2026.

O comunicado condenou a guerra na Ucrânia e refletiu um compromisso entre os EUA e os seus aliados. O acordo fez com que a Índia, anfitriã da cúpula, reivindicasse o sucesso diplomático da reunião.

“Esta é uma declaração completa com 100% de unanimidade”, afirmou Amitabh Kant, principal negociador do G20 na Índia.

“Isto demonstra a grande capacidade do primeiro-ministro e da Índia para reunir todos os países em desenvolvimento, todos os mercados emergentes, todos os países desenvolvidos, a China, a Rússia, todos na mesma mesa e chegar a consenso”, acrescentou Kant.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, aclamou a aprovação do comunicado e parabenizou o país asiático.

“Este é um marco significativo para a presidência da Índia e um voto de confiança de que o G20 pode unir-se para abordar uma série de questões prementes, e também para lidar com questões difíceis que, na verdade, dividem muito alguns membros de outros, incluindo, obviamente, a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia”, disse Sullivan.