A Riachuelo virou alvo de críticas nas redes sociais após lançar um conjunto de roupas que remete aos uniformes dos campos de concentração nazistas.
Um conjunto de camisa e calça listrados com as cores branca e azul, foram comparadas às roupas impostas aos judeus durante a 2ª Guerra Mundial. As informações são do G1.
Uma das críticas que mais viralizaram foi a da especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP Maria Eugênya. A publicação já conta com mais de 111 mil curtidas e 7 mil compartilhamentos.
Na postagem, ao relacionar a peça da loja ao uniforme, ela diz que é necessário “conhecer a história” e afirma acreditar que é “puro cinismo” colocar o “uso estético acima de crítica ou memória histórica”.
Em nota enviada após a polêmica, a Riachuelo pediu desculpas, afirmou que a escolha do modelo das peças e da cartela de cores “realmente foi uma infelicidade” e informou que todas as peças já estão sendo retiradas das lojas e do e-commerce da empresa.
Confira a nota da Riachuelo na íntegra:
“Nós, da Riachuelo, prezamos pelo respeito por todas as pessoas, e esclarecemos que, em nenhum momento, houve a intenção de fazer qualquer alusão a um período histórico que feriu os direitos humanos de tanta gente.
A escolha do modelo das peças e da cartela de cores realmente foi uma infelicidade, e gostaríamos de reforçar que todas as peças já estão sendo retiradas das nossas lojas e e-commerce.
Entendemos a sensibilidade do assunto, agradecemos o alerta trazido pelos nossos consumidores e pedimos desculpas a todas as pessoas que se sentiram ofendidas pelo que o produto possa ter representado.”
Guararapes (GUAR3) tem prejuízo no 2T23
A Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, reportou um prejuízo líquido de R$ 17,6 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo o lucro de R$ 26,3 milhões do mesmo período de 2022.
No documento publicado em agosto, a empresa explicou que a redução se dá principalmente em função da menor venda no segmento de mercadorias. “O desempenho foi negativamente impactado por uma forte base de comparação, sendo que no segundo trimestre de 2022 houve uma antecipação das vendas de inverno, enquanto o deste ano foi marcado por temperaturas mais altas que o ano anterior”.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 238,8 milhões, queda de 8,8% no ano.
O segmento de mercadorias movimentou R$ 1,55 bilhão no 2T23, ante R$ 1,59 bilhão do mesmo período de 2022.
O lucro bruto, que tira o preço das mercadorias vendidas da receita, ficou em R$ 1,3 bilhão, estável na base anual. As despesas operacionais, que engloba os gastos com vendas, gerais e administrativos, por sua vez, caíram 9,7% na comparação, para R$ 752,9 milhões.