As ações da Ultrapar (UGPA3) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pela Goldman Sachs. O banco norte-americano ainda cortou o preço-alvo da companhia de R$ 21,90 para R$ 19,40.
Em relatório, o banco norte-americano afirmou que o corte foi promovido por conta da falta de catalizadores e valorização acima de seus pares nos últimos anos.
Segundo a Goldman Sachs, o turnaround (reestruturação) da companhia, iniciado no final de 2021, está praticamente concluído.
Nas empresas do grupo, a instituição financeira apontou que, na Ultragaz, a rentabilidade tem permanecido estável, mesmo depois de contabilizar uma forte queda nos preços do gás natural, o que implica que as margens podem ter agora estagnado.
Já na subsidiária Ipiranga, a casa pontuou que a recuperação da margem já ocorreu e não tem expectativa de que esta tendência persista.
Além disso, o banco ressaltou que não está otimista em relação ao setor no longo prazo, com leve crescimento de volume de combustível na indústria nos próximos anos.
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“Em um cenário de crescimento limitado do mercado, acreditamos que isso poderia, potencialmente, intensificar a concorrência pela quota de mercado, mantendo assim, possivelmente, as margens sob pressão”, explicou o Goldman Sachs em relatório sobre a Ultrapar.
Ultrapar (UGPA3) tem queda de 48% no lucro no 2T23
A Ultrapar (UGPA3) divulgou em agosto seu balanço do segundo trimestre de 2023. A companhia reportou lucro líquido de R$ 239 milhões, queda de 48% em relação ao mesmo período de 2022.
A receita líquida alcançou R$ 29,6 bilhões entre abril e junho deste ano, representando uma queda de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Ultrapar totalizou R$ 964 milhões, queda anual de 35%.
No segundo trimestre deste ano, a Ultrapar registrou um resultado financeiro negativo de R$ 217 milhões, uma redução de 57% em relação ao mesmo período do ano passado.
