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Telefônica (VIVT3) irá restituir recursos captados a acionistas

Se toda a redução de capital de R$ 5 bilhões ocorrer ainda neste ano, o “dividend yield” da empresa poderá chegar a até 13%

A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, comunicou ao mercado, nesta terça-feira (19), que as reduções de capital no montante de até R$ 5 bilhões autorizadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Aneatel) ocorrerão com restituição de recursos aos acionistas, a serem oportunamente fixadas, e sem o cancelamento de ações.

Além disso, a Telefônica Brasil informou que a autorização da Anatel determina o prazo de 180 dias para a realização das reduções de capital, prazo que pode ser prorrogado por igual período, mantidas as mesmas condições societárias.

Vale destacar que, a atual capital social da companhia é de R$ 63,571 bilhões e na avaliação do BTG Pactual, a dona da Vivo poderia operar o negócio com um valor muito menor.

Valorização das ações

Na última segunda-feira (18), as ações da Telefônica fecharam em alta de cerca de 2%, após o aval da Anatel, chegando a um pico intraday de R$ 44,66, maior nível desde julho de 2022.

Segundo a avaliação do Citi, se toda a redução de capital de R$ 5 bilhões ocorrer ainda neste ano, o “dividend yield” (indicador que avalia o rendimento das ações com o pagamento de dividendos) da Vivo poderá chegar a até 13%.

Desse modo, a implementação de cada etapa de redução ainda deverá ser submetida ao Conselho de Administração e à Assembleia Geral de Acionistas da Telefônica Brasil.

Telefônica vende fatia de 10% por US$ 2,25 bi

A Saudi Telecom vai adquirir uma participação de quase 10% na Telefônica da Espanha por cerca de US$ 2,25 bilhões. A operadora com sede em Madri controla no Brasil a Vivo (VIVT3). 

Segundo informações da Bloomberg Línea, a telecom controlada pelo governo saudita comprou cerca de 569,3 milhões de ações e vai usar instrumentos financeiros que, uma vez a operação seja aprovada pelos órgãos reguladores, lhe darão uma participação total de 9,9% na Telefônica, segundo um documento publicado na terça-feira (5).  

A transação foi financiada com uma combinação de recursos próprios da empresa e dívida bancária. Os ADRs (American Depositary Receipts) da Telefônica subiram 2,05% na terça em Nova York. A aquisição certamente atrairá o escrutínio do governo espanhol, que considera a Telefónica uma empresa de importância estratégica, operando uma infraestrutura que é fundamental para a defesa e a segurança do país.  

As aquisições de participações superiores a 5% podem exigir a aprovação do gabinete do país. Há muito tempo, a operadora conta com dois bancos espanhóis, o CaixaBank e o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), como seus investidores-âncora, que, juntos, detêm menos de 10% da empresa.