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Zig compra Supertickets e amplia negócios para venda de ingressos

A Zig ficará com 40% de participação da Superticket em troca de um percentual não revelado de suas ações

A Zig anunciou a compra da plataforma Superticket, em uma operação de troca de ações, ampliando seu negócio para além dos cartões de consumação utilizados em baladas, shows e festivais, entrando no setor de venda de ingressos.

Startup investida por Edgard e Diogo Corona, da rede de academia SmartFit (SMFT3); e por Ricardo Goldfarb, da família que controla a Marisa (AMAR3), a Zig ficará com 40% de participação da Superticket em troca de um percentual não revelado de suas ações, que faz parte do desinvestimento de alguns dos investidores do negócio.

O restante da participação permanece com os fundadores Plinio Escopelle e Leonardo Moreira Gomes. “Havia uma demanda para a criação de uma solução 360 graus, que atendesse diversos pontos do negócio”, afirma Nérope Bulgarelli, CEO da Zig, em entrevista ao NeoFeed. “Iniciamos este ano conversando com empresas de todos os tamanhos para uma aquisição.”

Histórico da Superticket, nova aquisição da Zig

Fundada no Espírito Santo, a Superticket opera exclusivamente com eventos e shows de pequeno e médio porte, com capacidade de público entre 2 mil e 7 mil pessoas. No modelo de negócio, a companhia ganha dinheiro com o take rate de 12% dos ingressos vendidos (a taxa de conveniência cobrada dos consumidores). A startup já vendeu mais de 2 milhões de ingressos para 3 mil eventos.

Após o M&A, a Superticket foi rebatizada de Zig Tickets. Ao menos no curto prazo, a startup terá sua atenção focada em espetáculos menores. A Zig, por outro lado, já atende megaeventos como The Town, Rock in Rio e Lollapalooza com seu cartão de consumação.

A estratégia para focar em eventos menores se deve aos desafios de escalar o produto para uma demanda maior e por particularidades envolvendo grandes festivais. “Um evento grande tem muitas demandas específicas como integração da pulseira que é recebida em casa e a setorização de cada ambiente, por exemplo”, diz Bulgarelli.

A venda de ingressos fortalece o negócio que, até então, era voltado para os cartões de consumação utilizados em festivais e shows e em arenas esportivas, bares e restaurantes. Atualmente, são cerca de 6 mil clientes.

No ano passado, a startup transacionou R$ 2,5 bilhões em volume total de pagamentos. Uma parte desse volume entra como receita para a companhia, que também lucra com um serviço de consultoria voltado para produtores, que se apoia em dados de transações realizados nos cartões de consumo.

Em 2021, com a compra da NetPDV, outra startup de meios de pagamento cashless, a Zig iniciou um plano de internacionalização. Desde então, a empresa já realizou eventos em países como Holanda, Alemanha, México, Portugal, Estados Unidos, entre outros.

Por enquanto, cerca de 9% da receita deste ano, que não é revelada pela empresa, deve vir do exterior. A expectativa é de que, no ano que vem, a receita internacional ultrapasse os 20%.”