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Tok&Stok: CEO fala em gestão de caixa e conversas com Mobly

Eventual fusão poderia ajudar a reverter prejuízo de R$ 350 mi

Enfrentando dificuldades após dívida de R$ 350 milhões, a Tok&Stok agora está focada em melhorar gestão de caixa. Segundo Ghislaine Dubrule, CEO da empresa, uma proposta de fusão com a Mobly (MBLY3) também está na mesa.

“Temos conversas em andamento. Assim como nós já conversamos com outras empresas em outros momentos e a própria Mobly também afirma estar conversando com outros players. Mas não há nenhum acordo entre as duas empresas e nenhum avanço significativo nesse sentido por enquanto”, disse a CEO ao Bloomberg Línea.

No início desse mês, o portal “Pipeline” apurou que o fundo de private equity Carlyle, controlador da Tok&Stok, e a home24, acionista controlador da Mobly, fecharam os termos do acordo para uma eventual fusão.

De acordo com o “Pipeline”, a operação será feita por meio de troca de ações, em que os acionistas da Mobly ficarão com 80% da nova empresa e os da Tok&Stok com 20%.

Ambos os acionistas terão um lock-up por dois anos, período no qual não poderão se desfazer dos papéis.

Após a fusão, a home24 planeja realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para os acionistas da Mobly a um preço de R$ 6,50. Pelo acordo, de acordo com o “Pipeline”, o Carlyle terá a opção de comprar mais 10% da companhia a R$ 9,00.

A nova empresa terá a força do canal de vendas online da Mobly e ampliará a rede de lojas físicas com as unidades da Tok&Stok. Atualmente, a Mobly conta com 17 lojas e três unidades via franqueados. Já a Tok&Stok fechou 17 unidades este ano e contava com 51 lojas.

“O setor varejista passa por um momento de demanda mais enfraquecida. É possível vermos grandes players revendo suas estratégias e adequando seus investimentos de acordo com o cenário atual”, avaliou a CEO.