O Banco do Japão (BoJ) manteve os juros inalterados na sua mais recente decisão, divulgada nesta sexta-feira (22), à taxa de 0,1% negativo ao ano. A decisão foi a primeira sob o comando de Kazuo Ueda, que assumiu a presidência do BoJ no início de abril, sucedendo Haruhiko Kuroda.
O BoJ também deixou a meta do rendimento do título público local (JGB) de 10 anos em cerca de zero. Os planos são de manter a faixa de variação do juro no intervalo de -0,50% a +0,50%, patamar definido em dezembro.
O governo japonês enfrenta uma forte desvalorização do iene frente ao dólar e interveio no câmbio pela primeira vez em 24 anos.
Banco da Inglaterra mantém taxa de juros em 5,25%
O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu não mexer na sua taxa básica de juros, atualmente em 5,25%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira (21).
Segundo a ata da reunião, cinco integrantes do BoE votaram por manutenção do juro e 4 defenderam a elevação.
O BoE afirma que a maioria viu a decisão de manter os juros como “finamente equilibrada”.
BC reduz taxa de juros em 0,50 p.p, a 12,75%
O Banco Central do Brasil (BC) comunicou nesta quarta-feira (20) que irá cortar a atual taxa de juros em 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano. Este é o segundo corte de mesma base de pontos na Selic.
A redução já era prevista na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que sinalizou a manutenção do ritmo de cortes.
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Na última reunião, o Copom baixou a Selic pela primeira vez desde 2020, para 13,25% ao ano.
“O mercado já esperava uma redução de 0,5 p.p. da Selic. Nossa expectativa é que o Banco Central continue reduzindo os juros, mas de forma paulatina, uma vez que expectativa de inflação para 2023 ainda está acima da meta e deverá ficar próxima de 5%”, disse Daniel Wainstein, sócio senior da Seneca Evercore.
Fed mantém taxa de juros dos EUA e dá nova pausa no aperto monetário
O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (20) que manteve a taxa básica de juros nos EUA entre 5,25% a 5,50%. Na última reunião, ocorrida em julho, a instituição monetária havia elevado os juros em 0,25 ponto percentual (p.p.).
A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado. De acordo com o monitor de juros do CME Group, uma fatia de 99% do mercado apostava em uma manutenção da taxa, enquanto 1% previa uma alta de 0,25 ponto percentual.
É a segunda vez este ano que o Fed interrompe o ciclo de aperto monetário. A primeira vez foi em junho, após dez altas consecutivas.
“Já esperávamos essa manutenção, que veio em linha com os últimos discursos do presidente do FED, Jerome Powell. Agora fica a dúvida quanto as duas últimas reuniões do ano, em novembro e dezembro, se a autoridade monetária irá manter essa manutenção ou se vem mais uma alta de 0,25 p.p.”, afirmou André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.
Apesar de manter os juros inalterados, as projeções que acompanham a decisão do Fed apontaram que os diretores do órgão monetário enxergam os juros entre 5,5% e 5,75% até o final do ano.
Os diretores do Fed também sinalizaram que estão vendo uma manutenção de uma política de aperto em 2024.
