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Wilson Sons (PORT3) aprova dividendos; veja valor por ação

Os proventos terão como base a posição acionária de 4 de outubro

O Conselho de Administração da Wilson Sons (PORT3) aprovou nesta sexta-feira (29) a distribuição de dividendos intermediários, no valor bruto de R$ 141,3 milhões. Os proventos foram calculados com base no resultado financeiro acumulado até 30 de junho de 2023.

O valor que será distribuído pela companhia, equivale a  R$ 0,32121265 por ação ordinária de emissão da Wilson Sons.

Nesse sentido, dividendos terão como base a posição acionária de 4 de outubro. Desse modo, as ações serão negociadas “ex” direito aos dividendos a partir de 5 de outubro. 

Os dividendos poderão ser imputados aos dividendos obrigatórios a serem declarados com base no exercício social a ser encerrado em 31 de dezembro de 2023.

Wilson Sons (PORT3) tem lucro líquido de 111,3 mi no 2T23; alta de 583,2%

A Wilson Sons (PORT3) reportou um aumento de 583,2% no lucro líquido no 2T23 frente ao mesmo período do ano passado, avançando de R$ 16,3 milhões para R$ 111,3 milhões.

O lucro líquido da Wilsons Sons, em dólares, apresentou um aumento de 579,5% entre abril e junho deste ano, totalizando US$ 22 milhões. Em relação à depreciação, houve um incremento de 13,2%, alcançando R$ 89,6 milhões, sendo atribuído majoritariamente à incorporação de dois novos rebocadores que entraram em operação.

Nesse sentido, o lucro ajustado pela variação cambial foi de R$ 65,9 milhões para R$ 88,9 milhões, ou seja, um acréscimo de 34,8% em relação ao mesmo período em 2022.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) somou R$ 257,2 milhões, o que representa uma alta anual de  27,8%. Sendo assim, o resultado levou a uma elevação da margem Ebitda ajustada de 6 p.p. (pontos percentuais), para 43,3%.

Por outro lado, a receita líquida da companhia somou  R$ 593,5 milhões entre abril e junho deste ano, um crescimento de 10% frente ao segundo trimestre do ano passado.

Motivação dos resultados

Desse modo, a forte alta da receita da Wilsons Sons é justificada pelo  maior volume e um melhor mix de receitas na divisão de rebocadores. Maiores receitas de manuseio e serviços auxiliares no negócio de terminal de contêineres também impulsionaram os resultados, segundo a companhia. 

Além disso, a maior atividade operacional na unidade de base de apoio offshore e aumento de docagem para terceiros no negócio de estaleiros, também estimularam o resultado positivo da companhia no segundo trimestre deste ano. 

Os custos e despesas totais apresentaram um aumento de 13,2%, influenciados por diversos fatores. As despesas associadas à matéria-prima tiveram um crescimento de 15,8%, notadamente devido a duas razões principais. Em primeiro lugar, ocorreu um aumento no consumo de combustível para viagens e serviços em operações especiais durante o período, além de uma atividade operacional mais intensa na divisão de rebocadores. Em segundo lugar, houve um incremento na atividade de docagem na divisão de estaleiros.

As despesas relacionadas a pessoal e benefícios tiveram um aumento de 9,5%, sendo principalmente resultado de dois fatores. Entre eles, os reajustes anuais nos salários e benefícios que estão vinculados à inflação. Em segundo lugar, as provisões de impostos sobre a folha de pagamento foram constituídas devido a pagamentos de indenizações por demissão.

Outras despesas operacionais tiveram um aumento de 17,5%, influenciadas principalmente por quatro fatores distintos. Primeiro, despesas adicionais surgiram devido a fatores diversos. Segundo, o segundo trimestre de 2022 contou com créditos fiscais não recorrentes de R$ 9,8 milhões, relacionados a benefícios para empregados, o que impactou positivamente esse período. Terceiro, aluguéis mais elevados de rebocadores via afretamento de terceiros na unidade de rebocadores e outras contribuições não recorrentes. Quarto, maiores custos de energia no segmento corporativo e custos ampliados de movimentação de contêineres, influenciados por um aumento no volume de operações.

Em junho de 2023, a Wilsons Sons apresentou uma alienação pontual de parte do terreno do depósito de vasilhames em Salvador, gerando um ganho pontual de R$7,6 milhões.