O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 1,7 ponto em setembro, para 106,8 pontos. Com o resultado, o indicador manteve-se abaixo dos 110 pontos pelo quarto mês seguido, algo que não ocorria desde fevereiro de 2018.
“Após interromper, em agosto, a sequência de quedas iniciada em abril, a incerteza econômica volta a cair em setembro, motivada por um recuo discreto no componente de Mídia, e de maior magnitude no componente de Expectativas. No geral, a manutenção da política de afrouxamento monetário e controle da inflação têm influenciado na queda do IIE-Br e pode continuar contribuindo nos próximos meses. Apesar disso, a dinâmica insatisfatória do cenário internacional e as incertezas fiscais, levantadas recentemente, podem ocasionar alguma volatilidade futura no indicador, dificultando uma queda adicional da incerteza nos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Em setembro, o componente de Mídia caiu 0,8 ponto, para 107,7 pontos, contribuindo negativamente com 0,7 ponto para a evolução do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, recuou 4,5 pontos, para 100,7 pontos, menor nível desde janeiro de 2022 (99,6 pts.), contribuindo negativamente com 1,0 ponto.
Nível de incerteza econômica sobe 5 pontos em agosto
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 5,0 pontos em agosto, para 108,5 pontos, devolvendo parte das quedas observadas nos quatro meses anteriores.
“Após chegar ao menor nível desde 2017, a incerteza econômica sobe em agosto, motivada, principalmente, por ruídos externos. A alta ocorreu somente no componente de Mídia, com aumento notável de citações à incerteza em artigos sobre o nível de atividade econômica nos EUA e na China, as maiores economias do mundo, e sobre o ambiente econômico e político na vizinha Argentina, um dos maiores parceiros comerciais brasileiros”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Segundo a economista, o componente de Expectativas recuou pela segunda vez seguida, sugerindo uma menor incerteza sobre os cenários de inflação e juros para daqui a um ano no Brasil. “Será preciso aguardar o desenrolar dos próximos meses para entender se a alta desse mês se tornará uma tendência de alta da incerteza e levar o indicador de volta aos níveis insatisfatórios, superiores aos 110 pontos, observados nos últimos anos”, declara.
Em agosto, o componente de Mídia subiu 6,6 pontos, para 108,5 pontos, contribuindo positivamente com 5,8 pontos para a evolução do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, recuou 3,4 pontos, para 105,2 pontos, menor nível desde fevereiro deste ano (102,3 pts.), contribuindo negativamente com 0,8 ponto.