O United Health Group está em negociação para a venda da Amil e da rede de hospitais Américas. A transação se daria por meio de uma troca de ações. As informações são do jornalista Lauro Jardim, do “O Globo”.
A proposta de aquisição é feita pela empresária Dulce Pugliese, que juntamente com o seu então marido, Edson de Godoy Bueno, fundou a Amil nos anos 1970 e a vendeu em 2012. Pugliese é dona de um porcentual de ações do UHG equivalente a R$ 7,5 bilhões.
United Health, dona da Amil, rejeita venda fatiada
O United Health Group, que contratou o BTG (BPAC11) para vender a Amil e sua rede de hospitais, só irá fechar negócio vendendo todo o pacote. As informações são do jornalista Lauro Jardim, do “O Globo”.
Uma das alternativas que está sendo estudada pelo BTG é que um consórcio de empresas e fundos com interesse na área de saúde faça um lance conjunto e depois promova uma repartição entre si os ativos.
O empresário José Seripieri Filho, que fundou e posteriormente vendeu a Qualicorp e a QSaúde, tem conversado com fundos estrangeiros para a venda da Amil.
BofA estima venda da dona da Amil em mais de R$ 15 bi
O Bank of America (BofA) avalia a venda da dona da Amil, a UnitedHealth Brasil, no valor entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, ao levar em consideração o histórico de transações com hospitais semelhantes.
O banco especificou que o cálculo deu importância a venda de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões cada leito, somado a carteira de planos de saúde precifica, normalmente, entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, por beneficiário.
Neste sentido, o grupo tem uma operadora com cerca de 3 milhões de usuários de planos de saúde e seus hospitais contam com 2,5 mil leitos.
Os analistas do BofA, Fred Mendes, Gustavo Tiseo e Mirela Oliveira, analisaram alguns cenários possíveis dessa transação. Sendo primeiramente destacado a divisão dos ativos para dois ou mais compradores.
“Para Rede D’Or e Dasa, acreditamos que essa possibilidade faz mais sentido, pois elas comprariam os ativos hospitalares e um possível segundo player, como a SulAmérica ou mesmo o Bradesco, adquiriria os beneficiários”, disseram.
Enquanto que o segundo seria a compra do ativo por um único operador. De acordo com análise dos profissionais, a possibilidade de venda de todo o ativo para uma grande seguradora é remota, uma vez que a dimensão da potencial aquisição será no segmento de planos de saúde, com rentabilidade limitada.
“A primeira opção é, em nossa opinião, potencialmente mais provável, com a Dasa sendo o participante de mercado que ficaria com os hospitais e os beneficiários sendo vendidos para outro player como SulAmérica ou Bradesco Saúde, conforme mencionado na imprensa”, segundo o BofA.