Embora o Brasil tenha apresentado recordes nas exportações, o País ainda enfrenta um desafio de ampliar a participação de pequenas e médias empresas nesse processo. O vice-presidente da República e também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), destacou que o governo federal está empenhado em trabalhar de forma colaborativa para abordar essa questão.
“A empresa que exporta tem um upgrade, muda de patamar, avança mais. Todos os indicadores mostram isso. Estamos batendo recordes de exportação no Brasil, mas queremos mais empresas exportando e pequenas e médias empresas também exportando”, disse Alckmin durante o lançamento do núcleo do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Bauru, no interior de São Paulo.
Exportações em 2023
De acordo com os dados do governo federal, entre janeiro a setembro, houve um crescimento de 0,6% das exportações, totalizando US$ 246,77 bilhões no período. Em nove meses, a balança comercial brasileira registra alta de 51,6%, com US$ 69,61 bilhões.
Desse modo, Alckmin defendeu o fortalecimento da indústria nacional para aumentar a competitividade e agregar mais valor à produção: “Em vez de exportar algodão, [vamos exportar] a roupa, em vez de exportar minério de ferro, um avião da Embraer”.
Para o vice-presidente, algumas medidas foram adotadas pelo governo federal para estimular o comércio exterior, entre elas a Licença Flex, que desburocratiza processos e diminui os custos para emissão de licenças a empresas exportadoras.
Descarbonização da economia
Alckmin ressaltou a relevância da transição para uma economia com menor emissão de carbono no Brasil e enumerou as vantagens competitivas do país nesse contexto. Entre essas vantagens, estão as políticas de estímulo à fabricação de biodiesel; o aumento na proporção de etanol adicionado à gasolina; o potencial de utilização do lítio brasileiro na fabricação de baterias para veículos elétricos e a produção de combustíveis sustentáveis como alternativa ao querosene de aviação.
“Hoje, as pessoas procuram onde se produz bem, barato e com menos emissão de carbono. Aí o Brasil é imbatível”, avaliou o vice-presidente.