O JPMorgan, aumentou a recomendação para ações da Suzano (SUZB3) de neutro para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra). Isso porque as avaliações reconhecem que os preços da celulose atingiram seu ponto mais baixo neste ano, ao mesmo tempo em que avaliam o potencial de queda como limitado. É importante ressaltar que o banco havia cortado sua recomendação para o ativo em janeiro.
Os analistas do JPMorgan avaliam que o cenário de médio prazo para a celulose é mais convincente devido à implementação de três mega projetos em um período de aproximadamente 18 meses. Isso provavelmente resultará em um período de pelo menos 3 a 4 anos sem a construção de grandes fábricas de celulose.
“O cenário de médio prazo para a celulose é mais convincente”, comentam analistas. “Após uma concentração de 3 mega projetos sendo implementados em um período de cerca de 18 meses, provavelmente veremos um período de pelo menos 3 a 4 anos sem nenhuma grande nova fábrica de celulose”.
Além disso, o banco vê escopo limitado para surpresas negativas, dado que a demanda já é muito fraca na Europa, nos Estados Unidos e morna na China. No entanto, a economia chinesa está gradualmente melhorando, e qualquer recuperação da demanda, especialmente na Europa, seria uma surpresa positiva, explica o JPMorgan.
Com base nesses pontos, o banco ajustou suas projeções de preços da celulose para os anos seguintes. As estimativas agora são de US$ 700/t em 2028, em comparação com US$ 575/t em 2025. Além disso, a previsão de longo prazo foi aumentada para US$ 550/t, de US$ 530/t, refletindo os custos marginais mais altos devido à inflação.
O relatório também menciona que a indústria ainda terá muito a absorver, especialmente em 2024 e 2025, mas que, finalmente, se espera um alívio que deve permitir preços mais altos. Portanto, a Suzano é vista como a principal beneficiária dessa nova curva de preços, especialmente a médio prazo.