O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, faturou US$ 41,5 milhões após impostos, em sua maior venda de ações em dois anos, conforme um registro de títulos dos EUA.
Nesse sentido, Cook realizou a venda de 511 mil ações, avaliadas em aproximadamente US$ 87,8 milhões antes da dedução de impostos, de acordo com o registro datado de terça-feira (3). A transação ocorreu após Cook ter obtido um ganho de US$ 355 milhões com a venda de ações em agosto de 2021.
Após a venda, o CEO da Apple, detém aproximadamente 3,3 milhões de ações da empresa, com um valor estimado em cerca de US$ 565 milhões, conforme revelado no documento.
Vale lembrar que, as ações da Apple sofreram uma queda de 13% em relação ao seu pico de US$ 198,23 em julho, devido a preocupações dos investidores sobre uma possível recuperação mais lenta na demanda por smartphones.
Visão dos analistas
Os analistas da KeyBanc decidiram rebaixar a classificação das ações da Apple de “sector-weight” para “overweight” nesta quarta-feira (4). Suas preocupações estão relacionadas ao possível desaceleramento do crescimento das vendas nos EUA, que é o maior mercado geográfico da Apple, previsto para ocorrer no quarto trimestre.
A corretora ainda destacou que um número menor de usuários de smartphones nos EUA provavelmente adiará a atualização de seus dispositivos, principalmente devido à pressão da alta inflação.
Reforçando essa análise, os especialistas da KeyBanc expressaram preocupações quanto à tendência de crescimento no mercado norte-americano, levando em consideração as atuais condições econômicas e financeiras que podem influenciar a disposição dos consumidores em adquirir novos smartphones.
Brasil pede esclarecimentos sobre iPhone 12
A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, anunciou que abrirá um procedimento contra a Apple (AAPL4), para pedir esclarecimentos sobre possível emissão de radiação em aparelhos Iphone 12. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Inmetro também serão contatados “para conhecimento dos fatos”, disse o órgão em nota enviada ao jornal “O Globo”.
O movimento acontece depois que a França suspendeu as vendas do modelo após constatar emissões de ondas eletromagnéticas acima do limite permitido. Órgãos reguladores de Bélgica e Alemanha também informaram que vão revisar o uso do aparelho.
No Brasil, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) disse que vai se reunir com organismos de certificação e laboratórios para avaliar uma supervisão do mercado.
A Apple, que acaba de lançar o iPhone 15, contesta as alegações das autoridades francesas e nega qualquer risco à saúde, ressaltando que o modelo foi atestado por diversos organismos internacionais como seguro e dentro dos limites de radiação.