O Conselho de Administração do Banco Central da República Argentina (BCRA), comunicou ao mercado nesta quinta-feira (12), que elevou, mais uma vez, a taxa básica de juros do país de 118% para 133%, em um momento em que o país enfrenta uma inflação anual de três dígitos.
Nesse sentido, a medida tomada pelo Banco Central, em resposta a uma desvalorização do peso argentino, que recentemente ultrapassou a barreira psicológica de 1.000 pesos por dólar, ocorrida no início desta semana, enquanto o país se prepara para a eleição presidencial que se aproxima, dentro de menos de duas semanas.
Anteriormente, a agência Reuters, citando fontes não identificadas, havia divulgado que a taxa de juros seria de 145%. No entanto, uma fonte informou novamente à agência, sob condição de anonimato, que houve uma mudança na decisão.
A inflação mensal, que atingiu 12,7% em setembro, teve um impacto prejudicial nos salários e nas economias, resultando em cerca de 40% da população argentina vivendo abaixo da linha de pobreza. Tudo isso ocorre em meio aos preparativos para as eleições gerais programadas para 22 de outubro.
A capacidade de poupança também foi afetada, uma vez que o governo anunciou uma desvalorização do peso de quase 18% no meio de agosto, coincidindo com o último aumento das taxas de juros bancárias, que saltaram de 97% para 118%.
“O BCRA continuará monitorando a evolução do nível geral de preços, a dinâmica do mercado cambial e dos agregados monetários para fins de calibração da sua política de taxas de juros e de gestão de liquidez”, disse a autoridade monetária, em comunicado.
Milei segue líder nas pesquisas para presidência da Argentina
candidato da extrema direita à presidência da Argentina, o economista Javier Milei, continua liderando as últimas pesquisas de intenção de votos. As eleições no país estão marcadas para o dia 22 de outubro.
Segundo o jornal El Observador, uma média das dez últimas pesquisas mostra Milei com 37,2%, seguido pelo ministro Sergio Massa, com 30,5%, e por Patricia Bullrich, com 26,2%. As informações são do Infomoney.
Em dois dos levantamentos, Milei poderia ser eleito já no primeiro turno da disputa, em 22 de outubro. Pelas regras eleitorais do país, não haverá necessidade de um segundo turno se um dos candidatos conquistar 45% dos votos válidos ou se alcançar 40%, mas abrir uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo colocado. Se necessário, o segundo turno aconteceria em 19 de novembro.
Nas pesquisas listadas pelo jornal, Milei atinge esse patamar pelo Opinión Lab (40% ante 29,4% de Massa) e pela DC Consultores (40,4% ante 27,4%). Bullrich está em 3º lugar em todas as pesquisas.
Num segundo turno, Milei venceria tanto Massa como Bullrich, mas as maiores diferenças são sobre o atual ministro da Economia.
Na última sexta-feira (22), o Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (Celag) divulgou seu mais recente levantamento e apontou Milei na liderança com 33,2% dos votos válidos, enquanto Massa ficaria 32,2%. Patricia Bullrich alcançaria 28,1% das preferências. Foram ouvidas 2,5 mil pessoas e a margem de erro oscila entre 0,9% e 2,2%.