A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a Braskem (BRKM5) começa o rito para ser instalada. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se comprometeu a ler o requerimento que pede a criação da Comissão, na próxima terça-feira (24).
Após a leitura do pedido, o próximo passo é a indicação dos integrantes pelos líderes partidários. A proposta da abertura da CPI foi apresentada por Renan Calheiros (MDB-AL). Para a instalação de uma CPI, é necessário que um terço dos membros da Casa assinem o requerimento, ou seja, pelo menos 27 parlamentares. Até o momento, 45 senadores concordaram com a abertura da comissão.
A Comissão vai apurar as causas do desastre ambiental que, em 2018, provocou afundamento do solo, tremores e rachaduras nos bairros de Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol, em Maceió (AL).
Mais de 15 mil imóveis foram atingidos e 60 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. O afundamento do solo abriu rachaduras em ruas, prédios e casas.
As ações da Braskem no pregão do Ibovespa desta sexta-feira (20) fecharam com queda de 1,99%, cotadas a R$ 18,21.
Braskem é condenada por justiça a indenizar Alagoas
No último dia 11, a Braskem comunicou ao mercado que tomou conhecimento, em primeira instância, julgando procedentes os pedidos realizados pelo Estado de Alagoas no âmbito da ação indenizatória ajuizada contra a petroquímica.
Nesse sentido, a Braskem informou que o valor será apurado por perícia em fase de liquidação da sentença.
Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil confirmou que os danos eram atribuíveis ao processo de extração mineral de sal-gema, o qual era de responsabilidade da Braskem. Isso desencadeou o maior conflito socioambiental urbano do mundo, denominado “Caso Pinheiro/Braskem”, que posteriormente foi incluído no Observatório Nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A empresa informou irá avaliar a situação e tomar as ações necessárias dentro dos prazos legais, mantendo o mercado devidamente informado.