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 Petrobras (PETR4): Conselheiros privados votaram contra mudança 

Segundo uma fonte, que preferiu não se identificar, descreveu a situação da seguinte forma: "Eles estão acostumados com os lucros exorbitantes que receberam nos últimos anos".

Os conselheiros que representam os acionistas privados da Petrobras (PETR3; PETR4) manifestaram sua oposição às alterações propostas no Estatuto Social da empresa, as quais foram divulgadas na segunda (23).

De acordo com informações provenientes de fontes com conhecimento sobre o assunto, enfrenta-se um desafio contínuo para persuadir os representantes dos acionistas do mercado de capitais a abdicarem dos consideráveis lucros que eram praticados pela administração anterior. 

Segundo uma fonte, que preferiu não se identificar, descreveu a situação da seguinte forma: “Eles estão acostumados com os lucros exorbitantes que receberam nos últimos anos”.

Ainda segundo as fontes, a tentativa durante a reunião do Conselho de Administração que bateu o martelo sobre a mudança do estatuto foi derrubar a flexibilização da reserva do fluxo de caixa livre, alegando que por não ter destinação seria ilegal de ser feita. A resistência acabou sendo vencida com o voto da maioria dos Conselheiros favoráveis às mudanças.

A estatal divulgou na segunda-feira que vai convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para alterar seu Estatuto a fim de criar uma reserva de capital, flexibilizando a distribuição de dividendos, e suspender a vedação para indicações de administradores.

Petrobras perde R$ 32 bi em valor com proposta de novo estatuto

A Petrobras perdeu R$ 32,3 bilhões em valor de mercado no pregão desta segunda-feira (23). As ações da estatal da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) caíram mais de 6% depois de a petroleira divulgar, pela manhã, que vai propor aos acionistas mudanças no seu estatuto social. Uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) será convocada para discutir o tema.

A principal proposta é acabar com as proibições para a indicação de administradores previstas na Lei das Estatais que foram consideradas inconstitucionais em decisão monocrática do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.

O valor de mercado da companhia caiu de R$ 515,7 bilhões, registrados na última sexta-feira (20), para R$ 483,4 bilhões. A perda é o equivalente ao valor da Engie Brasil, companhia do setor energético avaliada em R$ 33 bilhões, aponta o consultor financeiro Einar Rivero.