A Petrobras (PETR3;PETR4) não participará da próxima sessão pública da oferta permanente de partilha de produção, segundo informações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Apesar disso, de acordo com o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, o leilão deve ser bem sucedido mesmo sem a participação da Petrobras. O evento irá contemplar áreas localizadas no pré-sal.
Segundo Saboia, a Petrobras não apresentou nenhuma declaração de interesse para áreas que serão negociadas nesse certame em questão. As falas do executivo foram feitas durante a abertura da OTC Brasil – evento do setor de petróleo e gás natural.
“Temos outras empresas envolvidas no leilão de partilha. Isso mostra que o Brasil não é mais um país que depende da iniciativa da Petrobras para participar de leilões”, falou Saboia.
Até o momento, BP, Shell, Petronas, Total Energies, Chevron e Qatar Energy apresentaram declarações de interesse.
Nesta terça-feira (24), por volta das 14:35 (de Brasília), as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) avançavam 0,42%, cotadas a R$ 38,51. Já os papéis preferenciais subiam 0,25%, cotados a R$ 35,44.
Petrobras perde R$ 32 bi em valor com proposta de novo estatuto
A Petrobras (PETR3;PETR4) perdeu R$ 32,3 bilhões em valor de mercado no pregão da última segunda-feira (23). As ações da estatal da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) caíram mais de 6% depois de a petroleira divulgar, pela manhã, que vai propor aos acionistas mudanças no seu estatuto social. Uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) será convocada para discutir o tema.
A principal proposta é acabar com as proibições para a indicação de administradores previstas na Lei das Estatais que foram consideradas inconstitucionais em decisão monocrática do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
O valor de mercado da Petrobras caiu de R$ 515,7 bilhões, registrados na última sexta-feira (20), para R$ 483,4 bilhões. A perda é o equivalente ao valor da Engie Brasil, companhia do setor energético avaliada em R$ 33 bilhões, aponta o consultor financeiro Einar Rivero.