O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comunicou ao mercado na tarde desta quarta-feira (25), a demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. O cargo de Serrano será substituído pelo economista Carlos Antônio Vieira.
De acordo com a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação, a mudança foi estabelecida após reunião realizada na sede do governo, mais cedo, em que Lula agradeceu o trabalho realizado por Serrano à frente do banco, e reconheceu o esforço realizado pela gestão para estreitar a relação da Caixa com prefeitos de todo o país, o que era considerado um dos pontos prioritários durante a campanha presidencial do petista.
Mudança no comando
“Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”, diz o documento.
“O governo federal nomeará o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência do banco, dando continuidade e ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas”, prossegue.
Em suma, Rita Serrano, funcionária de longa data com mais de 30 anos de experiência no banco estatal, foi nomeada para ocupar a posição de presidente da Caixa Econômica Federal em dezembro do ano passado. A nomeação ocorreu poucos dias antes do início do terceiro mandato de Lula na presidência do Brasil.
Com a mudança na liderança da Caixa, uma decisão que está alinhada com os interesses do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e seu círculo político, aumenta a perspectiva entre operadores do governo no Congresso e integrantes da equipe econômica em relação ao avanço de projetos considerados essenciais para atingir a meta fiscal de déficit zero estabelecida no âmbito das políticas financeiras.
Prioridades da agenda econômica
Entre as prioridades da agenda econômica, é provável que o Projeto de Lei (PL) referente às offshores seja apreciado pelo plenário da Câmara nesta quarta-feira (25).
O texto elaborado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), que atua como relator, enfrenta algumas resistências, incluindo a questão do número mínimo de cotistas necessário para a formação de um Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro).
Em outra frente, outras propostas inseridas nas medidas de ajuste, como o Projeto de Lei sobre Subvenções, que foi enviado pelo Executivo ao Congresso na noite de terça-feira (24), também podem ganhar impulso.