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Santander (SANB11): BB Investimentos eleva recomendação e preço-alvo

Os analistas da casa de análise justificam a revisão "pela confiança transmitida pela inflexão dos índices de qualidade de crédito

Após a divulgação dos resultados referente ao terceiro trimestre deste ano (3T23) do Santander (SANB11), o BB Investimentos revisou sua recomendação em relação ao banco, revisando o preço-alvo a R$ 33,80 para o final de 2024, com recomendação elevada de neutra para compra.

Os analistas da casa de análise justificam a revisão “pela confiança transmitida pela inflexão dos índices de qualidade de crédito, pela descompressão, ainda que tímida da tesouraria, e pelos indícios de maior ímpeto de crescimento de carteira nos períodos à frente”.

“Guardamos receio, no entanto, com a fraqueza da margem financeira que ainda pesa, mas acreditamos que veremos melhoras sequenciais ao longo do ciclo de queda da Selic em andamento”, destacou o analista do BB Investimentos, Rafael Reis.

“O resultado marcou, em nossa leitura, um ponto de inflexão no quesito qualidade de crédito, que deve ser um gatilho para melhorias sequenciais, apesar de diversas linhas ainda evidenciarem momento desafiador”, ressalta.

A margem financeira continua a ser pressionada, tendo registrado uma redução no trimestre. Isso se deve a uma abordagem mais conservadora adotada ao longo dos últimos anos na composição da carteira de crédito. Embora a tesouraria tenha apresentado uma leve melhora, ainda contribui negativamente para o resultado geral.

Apesar de um sentimento geral mais positivo, a margem financeira enfraquecida e os níveis elevados de despesas com provisões, juntamente com o crescimento orgânico das despesas pessoais e administrativas, têm impactado negativamente o lucro antes de impostos, que fica consideravelmente abaixo dos melhores desempenhos históricos do Santander.

“Ainda que sinais de vitalidade como crescimento de carteira e margem financeira estejam longe de estelares, acreditamos que a inflexão nos índices de inadimplência conjugada com o ciclo de afrouxo monetário em andamento deve devolver o apetite por crescimento e por um mix mais rentável de crédito ao banco”, comentou a casa de análise.

Santander (SANB11) tem queda no lucro anual de 12,6% no 3T23

O Santander reportou ao mercado, na quarta-feira (25), os resultados referente ao terceiro trimestre de 2023 (3T23). O banco apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 2,729 bilhões, no ano, uma queda de 12,6%, mas em relação ao trimestre anterior, teve alta de 18,2%.

Após um período de 18 meses de piora na qualidade dos ativos, o Santander registrou uma diminuição na taxa de inadimplência em relação ao trimestre anterior, o que contribuiu para a diminuição das despesas relacionadas a reservas para cobrir dívidas não pagas.

Em contrapartida, as margens diminuíram em relação ao trimestre anterior, e embora tenham apresentado um aumento no comparativo anual, esse crescimento não conseguiu compensar o aumento das despesas da instituição.

A margem financeira bruta do Santander, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,413 bilhões, alta de 6,5% em um ano, graças à expansão da margem com clientes e da melhoria dos resultados da tesouraria. Em um trimestre, houve queda de 1,2%.