Economia

Haddad pede mais tempo para definir meta fiscal; Rui resiste

A intenção da equipe de Haddad é obter informações precisas para medir a necessidade ou não de contingenciamento de gastos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua equipe econômica têm intensificado seus esforços para persuadir o Palácio do Planalto de que é imprescindível obter “mais tempo” para perseguir a meta fiscal estabelecida. Nesse contexto, nas recentes discussões com a alta cúpula governamental, eles solicitaram uma prorrogação do prazo, até março de 2024, que coincide com a data de divulgação do primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2024.

No entanto, essa proposta encontra forte oposição na Casa Civil, que busca exercer influência no sentido oposto sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A discussão gira em torno da melhor abordagem a ser adotada em relação às metas fiscais estabelecidas.

A intenção da equipe de Haddad, ao adiar a discussão sobre a meta para o próximo ano, é obter informações precisas sobre qualquer possível desequilíbrio orçamentário e, por consequência, a necessidade ou não de contingenciamento de gastos. Isso implicaria, na prática, na aprovação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 sem alteração do déficit, uma posição que também encontra resistência por parte dos parlamentares. O adiamento permitiria que o governo avaliasse de forma mais criteriosa a situação financeira e, possivelmente, realizasse os ajustes necessários no momento adequado.

O debate em torno desse tema permanece como um dos pontos centrais de discussão entre a equipe econômica e outros setores do governo, refletindo as complexas decisões relacionadas à política fiscal do país.