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Petróleo: preços voltam a recuar e renovam mínimas de julho

O petróleo voltou a fechar em forte queda que superou os 2% nesta quarta-feira (8)

O petróleo voltou a fechar em forte queda que superou os 2% nesta quarta-feira (8). Na sessão de terça (7) recuou mais de 4%.

O barril do petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para dezembro teve queda de 2,27%, a US$ 75,55. Já o barril do Brent – referência global – para janeiro caiu 2,28%, a US$ 79,72. Com isso, os contratos voltaram a bater os menores níveis de fechamento desde meados de julho.

O novo recuo é atribuído à perspectiva de desaceleração da demanda e pela percepção de que o conflito entre Israel e o Hamas não deve escalar a ponto de afetar a economia global de forma significativa.

“O mercado está claramente menos preocupado com o potencial de interrupções no fornecimento do Oriente Médio e, em vez disso, está concentrado em uma diminuição do equilíbrio”, pontuam Warren Patterson e Ewa Manthey, analistas de commodities do banco holandês ING.

Demanda global

No início da semana, a commodity fechou em alta na esteira de anúncios de autoridades da Arábia Saudita e Rússia que reafirmaram seu compromisso de manter os cortes na produção adotados no primeiro semestre do ano até o final de 2023.

A medida causou inquietações no mercado em relação à demanda global, considerando o enfraquecimento das principais economias mundiais, com destaque para os EUA e a China, embora os indicadores recentes continuem a mostrar a resiliência da economia norte-americana.

Além disso, o entusiasmo em relação aos contratos da commodity em relação a um potencial impacto da situação no Oriente Médio na oferta de petróleo diminuiu nas últimas semanas. Portanto, a afirmação desses produtores de que manterão os cortes na produção não deve ser uma surpresa significativa, conforme observado por Warren Patterson e Ewa Manthey, do ING.

“Entretanto, o que mais interessa ao mercado é saber se eles estenderão esses cortes até o início de 2024. Nosso balanço de petróleo mostra que o mercado será excedente no primeiro trimestre, o que pode ser suficiente para convencer os sauditas e os russos a continuar com os cortes durante esse período, de demanda sazonalmente mais fraca”, projetam os analistas.