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B3 (B3SA3) tem lucro líquido de R$ 1,1 bi no 3T23, alta de 0,5%

A receita líquida foi de R$ 2,25 bilhões no trimestre encerrado em setembro

A B3 (B3SA3) divulgou na noite desta quinta-feira (9), o balanço financeiro do terceiro trimestre de 2023 (3T23). A operadora do Ibovespa reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,1 bilhão no 3T23, alta de 0,5% em comparação ao mesmo período de 2022.

A receita líquida foi de R$ 2,25 bilhões no trimestre encerrado em setembro, diminuição de 0,4% na comparação ano a ano.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente foi de R$ 1,6177 bilhão, retração de 3,2% na base anual. Com isso, a margem Ebitda caiu 1,73 ponto percentual, para 72,3%.

O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) totalizou R$23,8 bilhões, uma queda de 11,6% na comparação com o 2T23 e de 9,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As despesas somaram R$ 902,2 milhões no trimestre, alta de 6,9%. Excluindo os efeitos da consolidação de Neurotech, as despesas teriam somado R$ 879,1 milhões, 4,2% acima do 3T22.

B3: J.P. Morgan recomenda compra e vê ação descontada

No início de outubro, as ações da B3 receberam recomendação de compra do J.P. Morgan. Além disso, o banco norte-americano estipulou um preço-alvo de R$ 17,50.

Em relatório, os analistas do J.P. Morgan calculam que os papéis da B3 estão sendo negociados hoje com um desconto de 35% em relação aos seus pares globais e de 30% em relação à sua própria média histórica.

De acordo com a instituição financeira, os dados operacionais da B3 de agosto apresentaram uma redução no volume diário de negócios com ações (ADTV). Na ocasião, as negociações movimentaram R$ 25,4 bilhões, cifra 14,8% menor que a registrada um ano antes.

Apesar disso, o J.P. Morgan reitera que esse enfraquecimento dos volumes não está afetando somente a Bolsa brasileira, mas sim o mundo inteiro.

O banco estima que o ADTV da B3 no terceiro trimestre de 2023 deve ficar em torno de R$ 25 bilhões, ante os R$ 28 bilhões movimentados entre abril e junho deste ano. Em julho e agosto, o giro de mercado (turnover) recuou para 136%. Por conta disso, o J.P. Morgan vê vantagens na administradora da Bolsa.

Em análise, o banco observa que, nesses dois meses, o giro das Bolsas globais recuou para 107%, de 122% no segundo trimestre. Em velocidade de turnover, a B3 está entre as seis melhores do mundo.

Os volumes negociados em dólar recuaram em torno de 10% no mesmo intervalo. Na B3, a queda foi de apenas 2%. Para 2024, o banco prevê que a controladora alcance R$ 31 bilhões em negociações diárias com ações.