Economia

Morgan Stanley e Goldman Sachs divergem sobre trajetória do Fed

O Morgan espera que o Fed promova cortes de juros profundos nos próximos dois anos, já a Goldman prevê menos reduções

O Morgan Stanley e a Goldman Sachs estão divergindo sobre a trajetória futura do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA). O primeiro espera que a instituição promova cortes de juros profundos nos próximos dois anos à medida que a inflação esfria. Já o outro banco prevê menos reduções e um início do ciclo de flexibilização mais tardio.

De acordo com o Morgan Stanley, a tendência é que o Fed comece a cortar em junho do ano que vem, depois novamente em setembro e em todas as reuniões a partir do quarto trimestre, em cortes de 0,25 ponto percentual a cada vez.

A Goldman Sachs, por sua vez, prevê a primeira redução de 0,25 ponto percentual apenas no quarto trimestre de 2024, seguida por apenas um corte por trimestre até meados de 2026. 

As previsões da Goldman estão mais próximas das projeções que o Fed divulgou em setembro, que sinalizam só dois cortes de 0,25% no ano que vem.

Fed: Expectativas de inflação nos EUA para 1 ano caem para 3,6%

Pesquisa do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de Nova York indicam que as expectativas de inflação nos EUA para 1 ano caíram de 3,7% em setembro para 3,6% em outubro. Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (13), no horizonte de cinco anos, houve queda de 2,8% para 2,7%, mas as de 3 anos se mantiveram em 3,0%.

O levantamento indica que a expectativa por um aumento da taxa de desemprego para o período de 12 meses cresceu 1,5 ponto porcentual, a 38,6%. Já a probabilidade de perda de emprego recuou 0,3 ponto porcentual, a 12,7%.

Em relação ao crédito, a percepção de acesso ao crédito melhorou levemente, à medida que uma menor parcela dos entrevistados relatou maior dificuldade em obter empréstimos.

Já a aposta de que o mercado de ações cairá no prazo de 1 ano recuou 2,5 pontos porcentuais, a 34,2%, menor nível desde outubro de 2022.