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Magalu (MGLU3): após queda de 10%, ações fecham em alta

Ao longo do pregão, as ações viraram e fecharam com alta de 1,73%, a R$ 1,76.

As ações da Magazine Luiza (MGLU3) passaram por uma grande volatilidade na sessão do Ibovespa desta terça-feira (14). Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 10,4%, a R$ 1,55. Ao longo do pregão, as ações viraram e fecharam com alta de 1,73%, a R$ 1,76.

A grande variação nos papéis da companhia é atribuída ao comunicado adicional feito em conjunto com a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2023, quando a varejista apresentou um lucro líquido de R$ 331,2 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 190,9 milhões do mesmo período de 2022.

A nota é relacionada a uma denúncia feita em março, que mencionava possíveis irregularidades na interação com fornecedores e distribuidores, a Magalu esclarece que a reversão de créditos tributários teve como objetivo mitigar o impacto de R$ 829,5 milhões decorrentes de erros contábeis sobre o patrimônio da companhia. Essa medida foi adotada para enfrentar e corrigir os desafios contábeis identificados, demonstrando o compromisso da empresa com a transparência e a correção de eventuais equívocos.

3T23 da Magalu

Excluindo a reversão mencionada, ou seja, considerando termos ajustados, o Magazine Luiza registra um prejuízo de R$ 143,4 milhões, refletindo uma queda de 15,7% no valor negativo em relação ao ano anterior.

O desempenho ajustado mais positivo, desconsiderando efeitos não recorrentes, ocorre em meio a uma redução de 1,5% na receita bruta, totalizando R$ 10,5 bilhões, e de 2,6% na receita líquida, alcançando R$ 8,5 bilhões, em comparação ao ano anterior. Esses números indicam uma capacidade de enfrentar desafios e manter a estabilidade operacional da empresa.

O Ebtida ajustado do Magazine Luiza atingiu R$ 487,5 milhões, registrando uma leve queda de 0,7% no ano. Vale ressaltar que, apesar desse declínio, o Magalu destaca o aumento da margem bruta, que impulsionou a margem EBITDA, elevando-a em 0,1 ponto percentual para 5,7%. Isso evidencia a eficiência operacional da empresa, demonstrada pelo incremento na margem bruta, contribuindo para a performance geral da margem do Ebtida.

A redução da receita bruta, conforme explicado pela empresa, resulta principalmente da diminuição nas vendas de produtos duráveis. Quanto à segunda questão, a reintrodução do DIFAL (diferença de alíquota de ICMS nas vendas interestaduais) foi apontada como responsável pela queda, com as deduções sobre a receita bruta aumentando de 18,1% para 18,9%. Esses fatores impactaram diretamente nos resultados financeiros, evidenciando a sensibilidade da empresa a mudanças no cenário tributário e no mercado de bens duráveis.

A combinação dos dois fatores fez o faturamento cair – apesar de as vendas totais do Magazine Luiza terem crescido 4,8% frente ao terceiro trimestre de 2022, para R$ 14,8 bilhões.

A conjunção desses dois fatores resultou em uma redução no faturamento, mesmo com o crescimento de 4,8% nas vendas totais do Magazine Luiza em comparação ao terceiro trimestre de 2022, alcançando o montante de R$ 14,8 bilhões. Isso destaca a complexidade dos desafios enfrentados pela empresa, onde o aumento nas vendas totais não foi suficiente para compensar os impactos negativos da diminuição na receita bruta e da reintrodução do DIFAL.