Duas semanas após entrar no pedido de recuperação judicial da SouthRock, a Eataly, centro gastronômico de luxo em São Paulo, desistiu de continuar no processo, que ainda está sob análise da Justiça.
A Southrock assumiu o comando da unidade do Eataly em São Paulo em agosto do ano passado e possui exclusividade na exploração da marca no país. Até junho de 2023, a dívida do Eataly somava mais de R$ 100 milhões. As informações são do porta Metrópoles, parceiro do BP Money.
Caso a saída do pedido seja confirmada, o Eataly vai se juntar ao Subway, que não foi incluído no pedido de recuperação judicial da SouthRock, que ainda é controladora no Brasil de marcas como Starbucks e TGI Fridays.
SouthRock perde controle da Subway do Brasil para matriz americana
Em processo de recuperação judicial, a SouthRock não é mais controladora da Subway no Brasil. Segundo informações da Pipeline, a matriz americana comunicou aos franqueados brasileiros que está reassumindo a operação local.
De acordo com a publicação, a franqueadora americana, Doctor’s Associates LLC, já havia informado à SouthRock, até então licenciada no Brasil, a rescisão do contrato, como informou. Mas a holding de Kenneth Pope, que também opera a Starbucks local, ainda estava à frente do negócio, enquanto tentava renegociar o contrato com a matriz e encontrar um novo dono no Brasil.
No comunicado, a Subway afirma que o diretor da Galeazzi & Associados, Bruno de Queiroz, foi designado para supervisionar esse processo de transição de operador. A rescisão da Subway foi comunicada à SouthRock em 11 de outubro, dias antes do grupo de Pope receber a notificação da Starbucks.
Segundo uma fonte, isso significa que a matriz da rede de sanduíches também está tomando a frente das tratativas com potenciais interessados na operação brasileira – o que até agora vinha sendo feito pela própria SouthRock. A companhia chegou a negociar com um grupo mexicano em meados do ano, mas hoje o principal interessado no páreo é a Cacau Show.
Mas o que ainda não ficou claro no posicionamento da matriz é se a retomada, neste momento, implica num novo CNPJ ou na migração do atual – uma diferença relevante para os investidores que detêm títulos de dívida atrelados à marca.