O petróleo voltou a apresentar queda na sessão desta quinta-feira (16). A cotação da commodity despencou e teve seu pior desempenho desde julho.
O barril do petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para janeiro de 2024 teve queda de 4,82%, a US$ 71,09. Já o barril do Brent – referência global – para o mesmo mês recuou 4,63%, a US$ 77,42.
O impacto foi sentido nos papéis das petrolíferas do Brasil. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caíram 2,09% e 1,66%, respectivamente. Já a PRIO (PRIO3) recuou 3,36%.
A forte baixa é atribuída aos por sinais de enfraquecimento da demanda global, que pode levar o mercado da commodity a um superávit de oferta no curto prazo.
O ANZ comenta que o mercado de petróleo não está mais tão apertado, com o crescimento da oferta de fora da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) mais que compensando a demanda forte. Na quarta-feira, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) apontou estoques totais próximos a 17,5 milhões de barris, o que afasta o receio de falta do produto.
Por outro lado, a produção industrial dos Estados Unidos caiu 0,6% em outubro ante setembro. A queda veio mais forte que o previsto por analistas consultados pela FactSet, que esperavam recuo de 0,4% no período.
Ibovespa fecha em alta, com meta fiscal no radar; dólar sobe
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a quinta-feira (16) em alta de 1,20%, aos 124.639 pontos. Já o dólar comercial subiu 0,17%, cotado a R$ 4,87.
No cenário local, o Governo Federal desistiu de mudar a meta fiscal para o ano de 2024. Com isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), poderá tramitar no Congresso Nacional medidas que possam aumentar a arrecadação federal. A informação foi anunciada pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso, deputado Danilo Forte (União-CE).
No exterior, o mercado continuou atento aos novos dados econômicos divulgados nos EUA. Na última quarta-feira (15), o Departamento do Comércio norte-americano informou que as vendas no varejo do país caíram 0,1% no mês passado. Apesar da retração, o número ainda veio melhor do que o esperado pelos investidores, que projetavam uma queda de 0,3%.