O PagBank (ex-PagSeguro; PAGS34) comunicou ao mercado, na noite de quinta-feira (16), o balanço do terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia registrou lucro líquido recorrente de R$ 440 milhões, alta de 7% em um ano e de 6% em um trimestre. Pelo critério contábil, o resultado da companhia foi de R$ 411 milhões, um crescimento de 8% em um ano.
O PagBank registrou o maior lucro de sua história, impulsionado por melhorias na operação de adquirência, crescimento no volume capturado pelas maquininhas e benefícios da queda dos juros. A redução da despesa financeira e das provisões contra inadimplência na carteira de crédito também contribuíram significativamente para esse resultado positivo.
Segundo o diretor de Relações com Investidores, ESG, Inteligência de Mercado e Pesquisa Macroeconômica do PagBank, Eric Oliveira, a redução anual de aproximadamente R$ 100 milhões na despesa financeira representa a primeira ocorrência desse tipo desde 2021.
“Os juros mais baixos afetam a dinâmica de diversos setores. O aumento dos depósitos também contribui para essa desaceleração, esse decréscimo da despesa financeira”, diz ele. Com sua licença bancária, o PagBank pode empregar os depósitos dos clientes para fornecer crédito. No último trimestre, os depósitos atingiram a marca de R$ 21,6 bilhões, representando um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Outros dados de PagBank
O Ebitda do PagBank atingiu R$ 894 milhões ao final do trimestre, registrando um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 5% em comparação com o trimestre anterior.
A receita líquida alcançou R$ 4 bilhões, mantendo-se estável em comparação ao ano anterior. A estabilidade é resultado do impacto do teto da tarifa de intercâmbio dos cartões pré-pagos, implementado em abril, sobre as receitas de serviços bancários. No entanto, esse efeito foi compensado pelo aumento na receita proveniente das maquininhas.
No terceiro trimestre deste ano, as despesas operacionais do PagBank totalizaram R$ 583 milhões, apresentando uma redução de 5% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior e uma diminuição de 1% em relação ao segundo trimestre deste ano.
O volume total de transações (TPV) processadas pela empresa alcançou R$ 244 bilhões no trimestre, apresentando um crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior e um aumento de 10% em comparação ao trimestre anterior. Dentre essas transações, R$ 99,8 bilhões foram processados no segmento de adquirência, registrando um crescimento de 11% em um ano e de 8% em um trimestre.