O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pressionou a Petrobras (PETR3; PETR4), nesta sexta-feira (17), a reduzir os preços dos combustíveis, especialmente do diesel. Silveira afirmou que já antecipava uma posição da estatal nesse sentido, considerando o último ajuste de preços ocorrido há mais de 30 dias.
Em uma entrevista à GloboNews, Silveira, expressou a visão de uma “possibilidade real” de redução nos preços do diesel, na faixa de 32 a 42 centavos por litro, e da gasolina, com uma estimativa de 10 a 12 centavos por litro. Ele fundamentou essa perspectiva na queda dos preços do petróleo Brent e desde o último reajuste divulgado pela Petrobras.
“Eu fiz essa manifestação ao ministro da Casa Civil, eu acho que é importante, respeitando a governança da Petrobras, respeitando a sua natureza jurídica, mas já está na hora de puxarmos de novo a orelha da Petrobras”, afirmou.
O ministro destacou que a consecução da meta inflacionária do país seria crucial mediante uma diminuição nos valores dos combustíveis.
“Se nós tivermos a redução, que é possível fazer sem nenhum prejuízo à Petrobras, nenhum prejuízo ao preço que ela se propôs a exercer, estou dizendo que ela está acima do preço de competitividade interna… ela contribui com a meta inflacionária”, finalizou o ministro.
Petrobras (PETR4): ações sobem com alta do petróleo
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) avançam 2,28% nesta segunda-feira (13), às 15h40 (de Brasília), cotadas a R$ 35,51. Já os papéis ordinários subiam 1,71%, cotados a R$ 38,06. O Ibovespa, por outro lado, recua 0,27%, aos 120.245 pontos.
A estatal acelerou os ganhos no início da tarde, após avanço mais firme do petróleo, que mostrou dificuldades em firmar ganhos pela manhã.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para dezembro sobe 1,37% às 15h40, a US$ 78,23 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avança 1,35% no início da tarde, a US$ 82,54 o barril.
Além disso, os papéis da Petrobras foram influenciados após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevar as projeção para demanda global em 2023, amenizando preocupações com a recuperação da economia da China.