Política

Procon multa Enel em R$ 12,7 milhões por falta de luz em São Paulo

A multa aplicada tem o valor máximo previsto no Código de Defesa do Consumidor

O Procon multou a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento elétrico na Grande São Paulo, em R$ 12,7 milhões por “má prestação” e interrupção no serviço contínuo de energia.

Segundo o Procon-SP, foi constatado que, na rede sob operação da Enel, “um grande contingente de consumidores ficou sem energia elétrica por mais de 48 horas, desde o dia 3 de novembro”.

Na ocasião, um temporal provocou a morte de ao menos seis pessoas, derrubou árvores e deixou mais de 2 milhões sem luz na Grande São Paulo.

Para o órgão, a demora para a Enel conseguir restabelecer a luz em diferentes regiões paulistas caracteriza infração por “não fornecimento dos serviços de sua competência de forma adequada, eficiente, segura e contínua”.

A multa aplicada tem o valor máximo previsto no Código de Defesa do Consumidor, de acordo com o Procon-SP. Em número absoluto, a cifra é de R$ R$ 12.793.962,68.

“A medida também acontece após a empresa ser notificada, já nos primeiros dias em que o fornecimento foi interrompido, e apresentar seus argumentos”, diz o órgão.

Equatorial (EQTL3) e CPFL (CPFE3) disputam Enel; Bradesco BBI avalia

Em julho foi noticiado que as empresas Equatorial (EQTL3) e CPFL (CPFE3) estão na disputa pela Enel Ceará, antiga Coelce, segundo o Bradesco BBI.

O BBI tem recomendação neutra para a Equatorial, com preço-alvo de R$ 33 por ação; e recomendação neutra para a CPFL, com preço-alvo de R$ 40. Desde maio que ambas empresas expressaram o desejo de adquirir a elétrica.

O Bradesco BBI acredita que, se a Equatorial adquirir a Coelce por um múltiplo de 1,2 vez a 1,3 vez o EV/RAB, os investidores provavelmente veriam a compra de forma positiva, devido às possíveis sinergias regionais. No entanto, a alavancagem da empresa poderia ser um problema para a Equatorial, podendo ser necessária uma oferta de ações, avaliou o banco.

Caso a CPFL adquira a Coelce pelo mesmo valor, a reação do mercado seria neutra. No entanto, a operação poderia ser ligeiramente negativa, pois confirmaria que o dividendo retido do ano de 2022 não seria pago.

Se a CPFL não efetuar a aquisição, o dividendo de cerca de R$ 2,5 bilhões provavelmente será pago, o que proporcionaria à empresa um rendimento adicional de 6% sobre o rendimento de dividendo do ano fiscal de 2023, que foi de 11%.