A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa diversos sindicatos de funcionários da Petrobras (PETR3;PETR4), afirmou em nota nesta terça-feira (21) que a atual administração está sofrendo pressões políticas. Apesar disso, a Federação não deu detalhes sobre o bloco político que gostaria de tomar o poder dentro da petroleira.
A associação, que é ligada ao PT, apenas escreveu que vê o movimento com “preocupação” e indicou que isso é “prejudicial à própria empresa, aos trabalhadores, ao governo e sobretudo ao povo brasileiro”.
No comunicado, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse que a federação tem lutado para que sejam feitas alterações na representação do conselho de administração da estatal.“Os seis conselheiros indicados pelo governo deveriam ser da total confiança do presidente Lula”, pontuou.
Na segunda-feira (20), a agência “Reuters” revelou que integrantes do governo Lula têm conversado sobre uma possível substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O Palácio do Planalto negou a informação.
A administração de Prates já foi alvo diversas vezes de críticas diretas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), relacionadas a preços de combustíveis, exploração na Margem Equatorial e preços do gás natural.
Petrobras (PETR4): CEO reage após cobrança por redução de preços
Na semana passada, o presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, subiu o tom e reagiu à cobrança do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, na redução no preço dos combustíveis no Brasil.
Em sua conta no X, antigo Twitter, Prates disse que, se o MME quiser “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente” , será necessário seguir tanto a Lei das Estatais e as regras do Estatuto Social da companhia.
“A União deverá orientar formalmente a Petrobras por meio de um ato normativo (lei ou regulamento); deverá firmar contrato, convênio ou outro ajuste estabelecendo as condições em que se dará, com ampla publicidade; os custos e receitas referentes a medida deverão ser discriminados e divulgados de forma transparente, inclusive no plano contábil; a proposta de orientação da União deverá ser submetida ao Comitê de Investimentos e ao Comitê de Minoritários, que avaliará se as condições a serem assumidas pela Petrobras requerem que a União compense a Petrobras pela diferença”, postou o presidente da estatal.
Em meados deste ano, a estatal mudou a então política de paridade de importação de preços dos combustíveis, que era atrelada ao movimento das cotações do petróleo e do dólar, criada por Pedro Parente, durante a gestão de Michel Temer. Com a alteração, a Petrobras passou a levar em conta novos critérios, como custo de competição e despesas locais, variáveis criticadas pelo mercado financeiro.