Mundo

Efeito Milei? Bolsa argentina salta quase 23% após eleição

O mercado acionário argentino registrou o melhor pregão desde 1992

No primeiro dia útil após a eleição presidencial que definiu a vitória do ultraliberal Javier Milei, a bolsa de valores da Argentina atingiu um patamar histórico. 

O mercado acionário argentino subiu quase 23%, no melhor pregão desde 1992. Na segunda (20), o País vizinho celebrou o feriado do Dia da Soberania Nacional, data que a defesa na Volta de Obligado, quando a população local conseguiu impedir o ataque da armada anglo-francesa.

O índice S&P Merval de Buenos Aires teve alta de 22,84%, em 792.443,17 pontos, devido aos ajustes de preços após o feriado, com as empresas de energia liderando os ganhos.

Das 24 ações presentes na carteira, 23 apresentaram valorização positiva, segundo aponta compilação do consultor Einar Rivero. A ação da TRANSENER liderou o ranking, com um ganho de 42,77%, seguida pela ação da Transportadora de Gás del Norte , com uma valorização de 41,09%, e a ação da Telecom Argentina fechou o pódio, apresentando um aumento de 40,24%.

As ações de empresas argentinas listadas nos EUA também subiram até 40% na segunda-feira, lideradas pela petrolífera estatal YPF. Já na bolsa argentina, os papéis subiram 38,62% nesta terça.

Milei reafirmou ontem os planos de privatizar a YPF, em um esforço para cumprir a promessa de campanha de reduzir radicalmente o tamanho do Estado.

Com informações da Reuters. 

Argentina não pode cortar relações com a China, diz chancelaria chinesa

O Ministério das Relações Exteriores da China alertou a Argentina sobre cortar relações diplomáticas com Pequim e Brasília, dando um recado direto ao presidente eleito Javier Milei, que disse durante sua campanha que não iria se relacionar com “países comunistas”.

“Seria um grande erro diplomático para a Argentina cortar laços com grandes países como China ou Brasil”, disse Mao Ning, porta-voz da chancelaria chinesa, em entrevista coletiva nesta terça-feira (21).

Ainda segundo Ning, “nenhum país pode cortar relações diplomáticas e ser capaz de manter cooperação e comércio. Além disso, a porta-voz ressaltou as crescentes relações comerciais entre China e Argentina, chamando o país sul-americano de um “importante parceiro comercial”.

“A complementaridade econômica entre os nossos dois países significa que existe um grande potencial de cooperação. A China está disposta a trabalhar com a Argentina para manter as nossas relações num rumo estável”, disse Ning.