Após uma sequência de dias permeados por impasses e acusações mútuas no conflito que assola a Faixa de Gaza, Israel e o grupo Hamas fecharam, na madrugada desta quarta-feira (22), o que se configura como o primeiro grande acordo desde o início do embate, iniciado no dia 7 de outubro. Esse acordo visa estabelecer uma trégua e possibilitar a libertação de dezenas de reféns.
Conforme relatos do jornal israelense Times of Israel, as negociações têm como objetivo viabilizar a soltura de aproximadamente 50 dos 240 indivíduos sequestrados pelo grupo durante sua violenta incursão em 7 de outubro. Esse acordo contempla quatro dias de cessar-fogo, marcando o primeiro intervalo nesse conflito. Além disso, Israel teria concordado em libertar mulheres e menores de idade palestinos, conforme relatos da imprensa local.
O governo israelense acordou em permitir a entrada dos agentes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na área de conflito para prestar assistência aos reféns à espera de serem libertados.
Apesar do cessar-fogo, Netanyahu afirmou que a guerra não cessará e que os ataques israelenses serão retomados ao término do cessar-fogo.
“Gostaria de deixar claro que estamos em guerra e continuaremos a guerra até alcançarmos todos os nossos objetivos – eliminar o Hamas, recuperar todos os reféns e desaparecidos e garantir que não haverá ameaça a Israel em Gaza”, disse o primeiro-ministro israelense ao jornal Haaretz.
O entendimento entre Israel e o Hamas foi intermediado pelo Catar. Hoje de manhã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, informou a jornalistas que as negociações progrediram “além dos pontos centrais” e estavam “no estágio mais próximo” de uma resolução desde o início do conflito.
Ainda de acordo com o Canal 12, a primeira leva de reféns deve ser libertada pelo grupo na quinta-feira desta semana. A expectativa é que 12 israelenses sob custódia do Hamas sejam soltos por dia.