O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quarta-feira (22) que concorda com a ideia de federalizar ativos do estado como forma de pagamento da dívida mineira com a União. Zema se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar sobre a possibilidade de uma negociação direta com o Governo Federal.
Além disso, Zema se encaminhou para encontrar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Quando questionado pela imprensa sobre as tratativas com Pacheco, o governador mineiro afirmou que ‘está de acordo’ com o repasse de ativos mineiros, como Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) à União.
A federalização de empresas estatais estaduais mineiras faz parte de projeto costurado por Pacheco junto a deputados estaduais e ministros do governo Lula para sanar a dívida mineira com o governo, que hoje gira na casa de cerca de R$ 160 bilhões.
Sob efeito de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal), o estado de Minas Gerais não pagou a dívida com a União nos últimos cinco anos. O efeito da medida se encerra ao fim de 2023, com isso, o governo Zema corre contra o tempo para evitar que parcelas pesadas dos débitos comecem a sair dos cofres mineiros a partir de janeiro.
Cemig (CMIG4) lucra R$ 1,237 bilhão no 3T23
A Cemig (CMIG4) divulgou em 9 de novembro seu balanço do terceiro trimestre de 2023. A companhia lucrou R$ 1,237 bilhão, no padrão IFRS, avanço de 4,6% na comparação anual. De forma recorrente, o lucro subiu 20%, a R$ 1,233 bilhões.
A receita líquida totalizou R$ 9,426 bilhões, um aumento anual de 2,2%. A receita com fornecimento bruto de energia elétrica cresceu 14,41%, somando R$ 8,130 bilhões. Os custos e despesas totalizaram R$ 7,803 bilhões, uma retração de 2,1%.
No terceiro trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 1,965 bilhão, alta anual de 28%. Com isso, a margem Ebitda atingiu 20,84%, ante 16,64% de um ano antes. Em IFRS, o Ebitda consolidado somou R$ 2,011 bilhões, incremento de 11,8%.
O resultado financeiro líquido da Cemig foi negativo em R$ 214,8 milhões, um aumento anual de 96,3%.
A dívida bruta consolidada subiu 14,4% ao final de setembro de 2023, para R$ 12,105 bilhões, enquanto a dívida líquida no período subiu 9,3%, a R$ 7,937 bilhões.
A alavancagem, medida pela dívida líquida em relação Ebitda ajustado, da Cemig ficou em 0,94 vez, ante 0,96 vez do final de 2022.