A reunião da Americanas (AMER3) com bancos credores nesta sexta-feira (24) durou o dia inteiro e seguirão ao longo do final de semana, segundo apurado pelo jornal “Valor”. A perspectiva era de assinar um acordo ainda hoje, mas as negociações se alongaram.
De acordo com o jornal, a nova estimava é de que a assinatura do acordo PSA (sigla do inglês para ‘Plan Support Agreement’) ocorra até segunda-feira (27). Por meio desse acordo os bancos se comprometem a dar o aval ao plano que será votado na assembleia geral de credores (AGC), que já foi agendada pela companhia para 19 de dezembro.
Uma fonte disse que não há nenhum item hoje que esteja impedindo o avanço das negociações. “São questões contratuais, não há nada travado”, disse uma das fontes.
Investimento do 3G
Com o acordo assinado, a Americanas poderá publicar o edital da AGC. Pelo plano acordado, o trio 3G de acionistas da Americanas — Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles — injetarão na empresa R$ 12 bilhões, o que deverá ocorrer após a homologação do plano, esperado pela empresa para meados de janeiro.
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Os bancos, em contrapartida, converterão o mesmo valor (R$ 12 bilhões) de suas dívidas em ações da varejista. Outra parte da dívida será alongada com nova emissão de debêntures.O aporte dos acionistas não deve ser feito em partes iguais entre eles.
A expectativa é que Sicupira, o homem do trio historicamente mais ligado à Americanas, arque com uma fatia maior que a dos sóciosO desfecho dessas negociações só será possível porque a Americanas publicou seus resultados na semana passada, uma exigência dos bancos para qualquer tipo de acerto com a companhia.
Mesmo com os números apontados como muito ruins, a leitura foi de que a viabilidade da varejista será possível com a injeção de novo dinheiro.
