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Varejistas disparam após fala de Alckmin sobre taxação de compras

As ações das varejistas na sessão do Ibovespa desta quarta-feira (29) estão com forte alta

As ações das varejistas na sessão do Ibovespa desta quarta-feira (29) estão com forte alta. Por volta das 14h30 (horário de Brasília) os papéis do Grupo Casas Bahia (BHIA3) saltavam 5,66%, cotados a R$ 0,56, figurando entre as maiores altas do dia.

Outra gigante do setor que registra grande valorização é a Renner (LREN3), com avanço de 4,78% a R$ 16,19. Quem também chama atenção pelo desempenho é a Magazine Luiza (MGLU3), que marcou crescimento de 3,66% a R$ 1,98.

O aumento das ações das empresas do setor varejista é atribuído a fala do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), que declarou que a próxima fase das medidas do governo relacionadas ao comércio eletrônico incluirá a implementação do imposto sobre importação, mesmo para compras inferiores a US$ 50,00.

“Foi feito o trabalho nas plataformas digitais para a formalização dos importados. Já começou a tributação de ICMS. E o próximo passo é imposto de importação, mesmo para os com menos de US$ 50,00”, disse.

Alckmin abordou o tema durante a reunião de instalação do Fórum MDIC de Comércio e Serviços (FMCS), um órgão composto pelas secretarias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e 26 entidades do setor. O presidente em exercício, no entanto, não forneceu detalhes sobre a implementação do tributo e a possível alíquota a ser aplicada.

Black Friday de 2023 é a segunda pior da história no Brasil

Informações sobre o desempenho da Black Friday 2023, um dos momentos mais cruciais para o comércio eletrônico no país, confirmam um cenário desafiador em termos de vendas neste ano. As previsões mais otimistas de associações e firmas de pesquisa, que variavam de 4% a 17%, não foram alcançadas.

Durante o período que compreendeu desde a quinta-feira (23), à meia-noite, até a sexta-feira (24), às 23h59, o comércio online registrou aproximadamente R$ 3,4 bilhões em vendas, representando uma queda de 15,1% em relação a 2022, ano em que a receita já havia diminuído em dois dígitos.

Os dados foram coletados pela plataforma Hora a Hora, operada pela Confi.Neotrust, uma empresa especializada em inteligência de dados, em parceria com a ClearSale.

Embora não seja a maior retração de faturamento já vista no evento, que acontece no Brasil há 13 anos — em 2022, a queda variou entre 23% e 34% no ambiente online, conforme diferentes pesquisas —, o recuo registrado em 2023 se baseia em uma redução anterior, diminuindo ainda mais o volume total de vendas no segmento. Este é o segundo pior resultado desde o início das promoções em 2010.

Vale ressaltar que esses números não levam em conta as vendas em lojas físicas, as quais, nos últimos anos, também têm sido consideradas nas análises das empresas. Alguns varejistas destacaram um aumento nas conversões de consumidores em vendas em lojas físicas ontem (24), principalmente em estabelecimentos de eletrônicos e moda.