O mundo está acompanhando com perplexidade o iminente colapso no bairro de Mutange, em Maceió (AL), nesta sexta-feira (1º). No local estão localizadas minas de sal-gema da indústria petroquímica Braskem (BRKM5).
Por conta do desastre ambiental, as ações da companhia lideram as perdas do pregão do dia do Ibovespa. Por volta das 15h43 (horário de Brasília), os papéis da empresa recuavam 10,09%, cotados a R$ 17,20.
Devido ao risco imediato de colapso, ficou proibida a navegação na Lagoa Mundaú, mas não há perigo de tsunami, conforme informou o tenente-coronel Moisés Melo, do Corpo de Bombeiros. No entanto, ele faz um alerta sobre o afundamento: “É só questão de tempo”.
A Defesa Civil de Maceió mantém o alerta de rompimento da mina 18 desde a última quarta-feira (30). Uma das previsões era de que o desabamento fosse ocorrer às 23h de quinta. No entanto, um novo prazo foi estimado pela Defesa Civil de Maceió, apontando que a ruptura poderia acontecer por volta das 6h desta sexta, o que não se confirmou.
Braskem destina mais R$ 5,7 bi para compensação em Maceió
A Braskem aprovisionou mais R$ 5,7 bilhões para o plano de compensação de moradores de Maceió (AL) atingidos pelo desastre ambiental que causou afundamento de solo e obrigou a interdição de uma série de bairros da capital alagoana.
De acordo com o diretor financeiro da companhia, Pedro Freitas, a estimativa é de que o plano seja concluído no começo de 2024. “No início do ano que vem, devemos concluir o PCF definitivamente”, afirmou o executivo sobre o plano durante apresentação a analistas e investidores, durante o Braskem Day, realizado nesta terça-feira (28).
O total provisionado pela companhia para os eventos relacionados ao afundamento do solo de Maceió é de R$ 14,4 bilhões, incluindo além do PCF ações como o fechamento de poços de mineração de sal e sócio-urbanísticas. Do total reservado no orçamento da companhia, R$ 9,2 bilhões já foram desembolsados, afirmou o executivo.
Até setembro de 2024, a Braskem tem provisionado R$ 3,2 bilhões, restando R$ 2,4 bilhões para após o terceiro trimestre do ano que vem, período em que a empresa prevê concluir o fechamento dos poços e os projetos de mobilidade urbana na cidade.