O Ibovespa, principal índice acionário Brasileiro, renovou as máximas do ano na sessão desta sexta-feira (1º). Por volta das 16h30 (horário de Brasília), a bolsa subia 0,54% aos 128.050 pontos, após atingir a máxima do dia com 128.084 pontos.
A alta é atribuída a reação à fala do presidente do Fed (Federal Reserv), Jerome Powell, que indicou uma pausa no aperto monetário, com a taxa de juros no atual patamar entre 5,25% e 5,50%.
Como consequência, houve queda dos juros futuros locais, que acompanharam os Treasuries, dando impulso às ações. O índice de small caps, composto principalmente por papéis mais sensíveis a essas taxas, operava com avanço de 1,35%.
Por sua vez, o dólar comercial passou a operar nas mínimas do dia, ampliando a queda observada mais cedo, com desvalorização de 0,88%, a R$ 4,8781.
Powel sinaliza pausa no aperto monetário
Em discurso nesta sexta-feira (1º), na Spelman College, o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, sinalizou que o Banco Central americano pode pausar o aperto monetário. Powell destacou que a política monetária restritiva adotada pelo Fed está exercendo pressão sobre a atividade econômica e a inflação.
“É provável que todos os efeitos do nosso aperto ainda não tenham sido sentidos. A contundência da nossa resposta à inflação também ajudou a manter a credibilidade duramente conquistada do Fed, garantindo que as expectativas do público sobre a inflação futura permaneçam bem ancoradas”, afirmou o dirigente.
Ele também afirmou que seria “prematuro” concluir definitivamente que a política monetária atingiu níveis suficientemente restritivos. Powell argumentou também que ainda é cedo para “especular” sobre quando a instituição poderá começar a cortar os juros.
“Seria prematuro concluir com confiança que atingimos uma posição suficientemente restritiva, ou especular sobre quando a política poderá flexibilizar. Estamos preparados para apertar ainda mais a política se for apropriado fazê-lo”, completou.
Powell reforçou ainda que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está preparado para subir mais a taxa básica caso as circunstâncias macroeconômicas exijam.