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Braskem (BRKM5) é excluída do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3

Segundo a B3, a decisão levou em consideração os quatro pilares divulgados no plano de resposta

A Braskem (BRKM5) foi excluída do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) pela B3 (B3SA3), conforme anunciado pela operadora da bolsa de valores brasileira nesta terça-feira (5).

A medida entrará em vigor a partir de sexta-feira (8). A exclusão ocorre em decorrência da crise relacionada a uma mina da petroquímica em Maceió, em Alagoas, com a possibilidade de afundamento do solo. Nas últimas semanas, a situação se agravou com sismos no solo e impactos em casas e demais edifícios, resultando em rachaduras.

“Dessa forma, sua participação será redistribuída proporcionalmente aos demais ativos integrantes da carteira, e será efetuado o ajuste no redutor deste índice”, informou a B3.

De acordo com a B3, a decisão levou em consideração os quatro pilares divulgados no plano de resposta, que são o impacto ESG da crise, a gestão da crise, o impacto na imagem e a resposta à crise.

“A decisão não deve ser tomada como pré-julgamento das responsabilidades da companhia, mas decorre da aplicação do disposto na metodologia”, destaca a B3, indicando que a regulamentação prevê a exclusão de ativos que “durante a vigência da carteira se envolvam em incidentes que as tornem incompatíveis com os objetivos do ISE B3, conforme critérios estabelecidos na política de gestão de riscos do índice”.

Mina da Braskem (BRKM5) já afundou mais de 1 metro e tem novo tremor no sábado (2)

Defesa Civil de Maceió informou, na manhã deste sábado (2), que a mina nº 18, pertencente à Braskem (BRKM5), já apresenta um afundamento de 1,56 metros. Nas últimas 24 horas, foi registrado um deslocamento adicional de 13 centímetros.

A velocidade vertical atual do movimento é de 0,7 centímetros por hora — ontem (1º), chegou a 2,6 cm/hora.

De acordo com a Defesa Civil, uma nova ocorrência sísmica foi registrada na região da mina de sal-gema na madrugada deste sábado (2). O tremor ocorreu a aproximadamente 300 metros de profundidade e apresentou magnitude de 0,89.

A mina segue em situação de emergência, com “risco iminente de colapso“. O bairro de Mutange continua em alerta máximo e já foi desocupado. A Defesa Civil ainda informou que o quadro no local se agravou após tremores sísmicos se intensificarem.

“Estudos mostram que há risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas. Por precaução e cuidado com as pessoas, reforçamos, mais uma vez, a recomendação de que embarcações e a população evitem transitar na região até nova atualização do órgão”.

A petroquímica afirmou que, devido ao evento sísmico, também suspendeu as atividades na área de resguardo, que compreende a zona de segurança ao redor de poços afetados por complicações.