O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou, nesta sexta-feira (08), a aprovação de uma proposta de desdobramento (split) de 100% de suas ações, movimento que, segundo a XP Investimentos, é positivo sem alterar os fundamentos ou perspectivas de crescimento do banco. Com um preço-alvo das ações estabelecido em R$ 30,50, a XP ressalta que o desdobramento não afeta a participação acionária dos atuais acionistas, pois o valor total de mercado permanece inalterado, apesar da redução no preço das ações.
A possibilidade de um valor unitário mais baixo para as ações do Banco do Brasil, segundo analistas, pode torná-las acessíveis a um número maior de investidores. Caso o desdobramento seja aprovado, quem possuía uma ação a R$ 53,87 no fechamento de quinta-feira (07) passará a deter duas ações, cada uma cotada a R$ 26,935.
A XP também destaca que, caso o desdobramento se concretize, o preço-alvo atual, de R$ 61 por ação, será ajustado para R$ 30,5 por ação, mantendo a recomendação de compra para os papéis do Banco do Brasil.
Por outro lado, o BTG Pactual, em sua atualização da carteira de dividendos para dezembro, elevou o peso das ações do Banco do Brasil para 10%. Com estimativas de dividendos do Banco do Brasil alcançando um yield de 9,9% nos próximos dois anos, o BTG justifica essa decisão apontando um desempenho inferior das ações do BBAS3 em relação aos seus pares privados.
Embora os papéis do Banco do Brasil tenham registrado um aumento de cerca de 68% no acumulado de 2023, os analistas do BTG consideram o múltiplo preço/lucro estimado para 2024, de aproximadamente 4x, como um fator que continua a tornar o papel atrativo, mesmo diante da mudança na narrativa e dos desafios percebidos, como a exposição à Patagônia, à Previ e ao segmento agro.