O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou nesta terça-feira (12) seis operações que totalizam R$ 7,5 bilhões para planos de investimento apresentados pelos Estados do Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará e Sergipe.
As operações foram feitas no âmbito do programa BNDES Invest Impacto, que busca promover a ampliação dos investimentos estaduais com foco em projetos estratégicos, como o novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).
Segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, o banco aprovou, neste ano, R$ 22,36 bilhões para Estados e municípios. O montante no ano passado havia sido de R$ 844 milhões.
“É um salto extraordinário”, comemorou o presidente do BNDES, em cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
BNDES vai presidir o D20, grupo dos maiores bancos de desenvolvimento
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai presidir, pelos próximos dois anos, o D20 Long-Term Investors Club (D20). O grupo reúne os 20 maiores investidores e instituições financeiras de longo prazo do mundo. É a primeira vez que o BNDES ocupa essa posição.
O BNDES dividirá a presidência com o Banco Europeu de Investimentos (BEI). Os membros do clube são principalmente do G20 – grupo que reúne as maiores economias mundial, a União europeia e a União Africana. As informações são da Agência Brasil.
A formalização do BNDES como copresidente ocorreu durante encontro do D20 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em paralelo à COP28 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unida). O banco brasileiro foi eleito por unanimidade.
Transição energética
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o D20 é um dos espaços mais relevantes para estratégias capazes de enfrentar a crise climática, que ele classificou como “dramática”.
Os integrantes do D20 têm perfil de financiamento de longo prazo. A vantagens de empréstimos com duração de décadas é que as condições para os tomadores de dinheiro são feitas de forma mais estáveis, menos vulneráveis a volatilidades em períodos de crise.
“Temos um grande desafio na transição energética e na descarbonização da indústria. Isso deveria estar no topo das nossas prioridades”, disse.
Mercadante ocupará a copresidência com o vice-presidente do BEI, Ambroise Fayolle. De acordo com o BNDES, ao longo dos dois anos de mandato será liderada uma agenda de trabalho que priorizará articulações entres os setores público e privado para investimentos em infraestrutura e desenvolvimento de projetos que acelerem a transição para cidades inteligentes e sustentáveis.
O grupo também realizará seminários e conferências para discutir iniciativas de mobilização de fundos e estruturação de ferramentas financeiras inovadoras para desenvolvimento urbano.
Mercadante incluiu entre os desafios do D20 “repensar os paraísos fiscais, uma agenda que ficou perdida com a crise de 2008, e uma reforma mais profunda do sistema financeiro”.