O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o papel de sua pasta é facilitar a realização dos objetivos de outros ministérios. Durante o final de semana, ele esteve presente em um evento realizado em Itaquera, na zona leste de São Paulo, onde está sendo desenvolvido o empreendimento Copa do Povo, parte do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, deputado federal Guilherme Boulos, também estiveram presentes no evento.
Em seu breve discurso, Haddad disse que o governo trabalha para melhorar os indicadores de emprego e inflação, aumentar o número de jovens em universidades, crianças na escola, médicos em postos de saúde, e acrescentou: “esse é o papel do Ministério da Fazenda, viabilizar que outros ministérios consigam cumprir seus objetivos”.
Haddad também fez menção a Boulos, lembrando que, durante seu mandato como prefeito de São Paulo, o atual deputado sempre enfatizou a importância de construir moradias populares na periferia da cidade.
O ministro da Fazenda também aproveitou o discurso para ressaltar o pragmatismo do governo em decisões recentes.
“Hoje saiu na imprensa que o Brasil votou a favor da Argentina para conseguir empréstimo e superar crise, e todo mundo sabe que o atual presidente da Argentina ofendeu o presidente Lula durante a campanha. Mas nem por isso o Brasil governado pelo presidente Lula deixou de apoiar o povo da Argentina”, disse Haddad.
Ele destacou ainda que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve em Brasília agradecendo ao ex-presidente Lula por um empréstimo de R$ 10 bilhões que financiará projetos de linhas de trem e metrô no Estado.
Haddad comemora aprovação da Reforma Tributária: “Dia importante”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a aprovação da PEC (Projeto de Emenda à Constituição) da Reforma Tributária em primeiro turno na Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (15).
Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para os relatores da Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), para agradecer pelo empenho na tramitação do projeto:
“Acabei de falar com os dois relatores, sei que o presidente Lula também já ligou para os dois relatores, e vai ligar para os presidentes das duas Casas. É um dia importante, há 40 anos se fala em reforma tributária no Brasil”, disse Haddad para jornalistas em São Paulo.
O ministro disse que a pasta vai recalcular os impactos das alterações feitas na Casa, mas indicou que a alíquota-base deve permanecer em torno de 27,5%.
“A alíquota-base está em torno 27,5%, tudo tem impacto, mas houve supressões também, como no setor de saneamento. Na Câmara, houve revisão em relação ao Senado, vamos recalcular o impacto, mas vai variar em torno disso”, disse.
O ministro afirmou que a expectativa é de promulgação do texto ainda este ano, para que em 2024 o governo possa conduzir o envio e a aprovação das leis complementares que vão estabelecer os parâmetros da reforma.