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Milei diz que governo imprimirá notas de 20 mil e 50 mil pesos

Segundo Milei, a medida busca aliviar as complicações geradas nas transações em dinheiro

O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta semana que o Banco Central emitirá notas de 20 mil e 50 mil pesos para combater a alta inflação no país.

As cédulas em circulação têm uma denominação muito inferior. De acordo com Milei, a medida busca aliviar as complicações geradas nas transações em dinheiro. Nos últimos 12 meses, a inflação na Argentina chegou a 142,7%.

“É uma tortura lidar com as notas”, disse Milei durante entrevista na “LN+”, canal de TV local. “Imagine que você tem que fazer um pagamento em dinheiro e precisa carregar um monte de papel, o que basicamente coloca um rótulo na sua testa dizendo ‘roube aqui’. É óbvio que você está carregando dinheiro”, acrescentou.

Ainda segundo Milei, as dificuldades foram causadas no governo anterior. “Entendo que os kirchneristas tenham usado essa artimanha para tentar desacelerar a circulação do dinheiro, mas nós, como parte de nosso programa fiscal, monetário e cambial, fechamos a torneira monetária, tanto no plano das Leliqs quanto no plano do déficit fiscal”, afirmou.

Milei: decreto pode causar demissão de 7 mil funcionários públicos

O presidente recém-eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou na terça-feira (26) que não renovará os contratos de funcionários públicos com menos de um ano de trabalho. A medida deve afetar cerca de 7 mil empregados do Estado.

O decreto impede a renovação de contratos de trabalhadores empregados há menos de um ano na administração central do Executivo e em organizações descentralizadas do Estado, além de empresas públicas e corporações de maioria estatal.

Conforme aponta a mídia argentina, o governo garante que o decreto excluirá os trabalhadores contratados no último ano que preencham cotas para pessoas trans e deficientes, previstas por lei.

De acordo com o “Clarín”, jornal de Buenos Aires, o governo Milei ainda estuda estabelecer congelamento salarial e até redução de 15% na remuneração de altos funcionários públicos.